No Brasil, na abundância do Rio Amazonas, um povo sofre de sede de Missa e da presença de um sacerdote.

A Prelazia de Itacoatiara está às margens do Rio Amazonas, a 270 quilômetros de Manaus, a capital amazonense. Com uma área de 59 mil quilômetros quadrados, a Prelazia tem quase o dobro do tamanho da Bélgica e conta com uma população de 200.000 habitantes.

Este ano de 2021 trouxe um outro desafio para a região, além da pandemia do coronavírus: a maior cheia já registrada do Rio Amazonas. Isso deixou os 6 municípios da Prelazia em estado de emergência e obrigou que grande parte da população que vivia nas áreas urbanas procurasse outras moradias. Só na cidade de Itacoatiara, sede da Prelazia, 1.400 famílias foram afetadas pela cheia. Já no período de evasão das águas surgem outros problemas, como ter que recuperar as casas e comércios. Além disso eles precisam enfrentar a maior incidência de animais peçonhentos deixados pelas águas, como cobras e escorpiões. Foram mais de 100 casos de ataques de animais peçonhentos no primeiro semestre apenas na cidade de Itacoatiara.

Desafio para padres na região

Quase metade da população da Prelazia está espalhada pelas mais de 200 comunidades ribeirinhas. Mas para atender todo esse povo, há apenas 16 sacerdotes, entre eles o Padre Bruno Nirmal, que está na Paróquia Cristo Rei. Enfim o grande desafio dessa paróquia é que, das 45 comunidades atendidas pelo Padre Bruno, 42 são ribeirinhas. Para visitar apenas uma dessas comunidades, muitas vezes é preciso 10 horas viajando de barco. E isso aconteceria, se a paróquia tivesse um barco. “As viagens ficavam limitadas a quando conseguíamos algum recurso para alugar uma embarcação e realizar as visitas”, conta o Padre Bruno.

Frente a esse desafio, Dom José Ionilton, bispo de Itacoatiara, enviou um pedido de ajuda à ACN para a compra de um barco de alumínio, a fim de que a paróquia pudesse atender suas comunidades. Graças mais uma vez aos benfeitores da ACN, que são verdadeiros missionários sempre prontos a ajudar o Evangelho a ir para águas mais profundas, o pedido foi aceito e a primeira viagem aconteceu já no final de julho.

Enfim Padre Bruno partilha muito feliz por poder realizar melhor sua missão: “A primeira viagem foi ótima! Afinal esse barco nos ajuda a estar nas comunidades ribeirinhas mais rápido, o que nos possibilita aumentar o número de visitas. Já fomos a três comunidades visitando as casas, fazendo formação para os líderes, missas e batismos. A fé do povo é muito forte, eles têm sede de Missa, da Eucaristia, de Deus. Quando eles recebem a visita do sacerdote, eles param tudo e dedicam esse dia para participarem da Missa, da oração do Terço e das formações, com todo o coração.”

Agradecimento em forma de oração

A gratidão de Padre Bruno vem na forma de oração: “Em nome da paróquia eu expresso minha gratidão para os benfeitores da ACN pela sua doação. Só juntos podemos construir o Reino de Deus. Com certeza a recompensa de Deus será muito grande. Eu garanto: vocês estão em minhas orações!”

Dom Ionilton também abençoa os benfeitores da ACN e incentiva para que sejam sempre essa mão amiga para a missão: “Rogo a Cristo Rei do Universo muitas bênçãos para os benfeitores da ACN, para que continuem ajudando a Igreja na Amazônia, que tanto necessita”.

Deus, que não se esquece de um copo d’água oferecido a quem precisa. Certamente tem no seu coração os benfeitores da ACN, que saciam também a sede que o povo tem de Deus. Afinal eles permitem que os sacerdotes cheguem naqueles que sentem saudades da Missa e dos sacramentos. Mas o desafio ainda é grande. De fato muitos outros pedidos de ajuda chegam à ACN vindos da Igreja na região amazônica, uma terra de missão que conta também com missionários que ajudam de longe, missionários como os benfeitores da ACN.

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