Belém do Pará é uma terra abençoada, lá ocorre todos os anos o Círio de Nazaré, talvez a maior procissão dedicada à Nossa Senhora em todo o mundo. Mas Belém também recebeu uma outra bênção, a comunidade católica Mar a Dentro.

Eles ainda são poucos membros no Pará, mas parece que assim como multiplicou os pães e os peixes, Jesus também multiplica o alcance do trabalho deles. A partir dos dez missionários que chegaram em Belém, a comunidade consegue contagiar com sua alegria mais de cem voluntários que semanalmente os ajudam em seus trabalhos de evangelização nos lugares mais difíceis de visitar nos arredores de Belém.

Em uma das ilhas, a de Outeiro, a comunidade já estabeleceu uma casa. Mais de 60 crianças são atendidas desde a evangelização até o reforço escolar, passando por cuidados médicos e psicológicos, pois muitas crianças estão em situação de risco, seja de violência doméstica ou prostituição. Para isso, entre os voluntários do Mar a Dentro, Deus sempre chamou médicos, psicólogos e professores.

Ao todo, a comunidade Mar a Dentro ajuda mais de 400 famílias carentes, sem levar em consideração todo o trabalho de evangelização na cidade. Junto com a Palavra de Deus eles também levam suprimentos arrecadados pelos voluntários. Por exemplo, durante a Quaresma e o Advento, os missionários e os voluntários fazem a renúncia de algo do dia a dia – até mesmo dinheiro – para transformarem isso em caridade. Também no dia de São Francisco todos os missionários da comunidade esvaziam suas dispensas e seus guarda-roupas, doando tudo o que possuem e permanecendo apenas com a roupa do corpo. Ao mesmo tempo que ajudam o próximo, fazem a experiência de serem amados e amparados pela Providência Divina, que nunca permitiu faltar nada, mesmo dando tudo que possuem.

O trabalho dos missionários não é uma ajuda que gera dependência, eles têm bem planejado o tempo de permanência em cada ilha e chamam essa missão de Paulo Apóstolo, a exemplo de São Paulo que visitava e permanecia nas novas comunidades cristãs a fim de formá-las. Entretanto há o risco de ruir todo esse belo trabalho. O velho barco de madeira, principal meio de locomoção da comunidade, está cada vez pior e o seu conserto cada vez mais caro, sem contar o perigo que o barco oferece. Algumas ilhas têm pontes que as ligam à Belém, mas a maioria – justo as mais necessitadas – não.

Esses missionários, verdadeiros “pescadores de homens”, escreveram à ACN – Ajuda à Igreja que Sofre – pedindo auxílio para comprar um novo barco. A ACN já respondeu positivamente.

O que possibilita honrar essa promessa e tantos outros compromissos de ajuda é a fé inabalável na caridade que é despertada em pessoas como você, o maior tesouro da ACN. Sua doação é como a barca que acolhe a abundância de peixes por onde Jesus passa.

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