O grupo terrorista autointitulado Estado Islâmico (EI) começou a matar os reféns apreendidos depois de ter tomados vilarejos cristãos assírios em Hassake, Síria. Segundo relatos, cerca de 15 pessoas foram mortas.

Em uma mensagem enviada a agências católicas que trabalham na região, incluindo a Ajuda à Igreja que Sofre, o Arquimandrita Emanuel Youkhana repassou notícias sobre as execuções através de um contato na cidade de Hassake. Na mensagem ele ainda disse que o número de execuções que estão sendo realizadas pode exceder a 350.

O Arquimandrita Youkhana, que apoia os cristãos perseguidos no Oriente Médio, disse: “Cerca de 15 jovens assírios foram martirizados. Muitos deles estavam lutando para defender e proteger as aldeias e as famílias”. Na aldeia de Tel Hormizd, 14 pessoas foram levadas, sendo 12 homens e duas mulheres, que lutavam para defender suas casas. Segundo indicam os relatos, uma mulher foi decapitada e dois homens foram baleados. Porém não há informações se os outros cativos foram executados.

Segundo a fonte do Arquimandrita Youkhana, em Hassake, pelo menos 350 pessoas foram capturados pelo Estado Islâmico. Além da resistência já mencionada, outras 81 pessoas foram apreendidas a partir de Tel Jazira, 21 de Tel Gouran, 5 de Tel Feytha e 3 de Qabir Shamiya.

Em Tel Shamiram nenhuma família conseguiu escapar. Na aldeia, 51 famílias foram capturadas. “A média é de cinco pessoas por família”, acrescentou o Arquimandrita Youkhana. Segundo disse, “acredita-se que há vítimas e que muitos assírios foram mortos na aldeia.” Não há notícias quanto ao paradeiro dessas famílias. “O mais provável é que elas foram levadas para Mount Abdul Aziz, uma região próxima controlada pelo EI.”

Em todos os 35 vilarejos cristãos assírios já não há mais famílias. Todos os aldeões restantes já fugiram para Hassake ou Qamishli. Pe Bakos, de Tel Tamar, foi a última pessoa a partir de Hassake. Ele relatou que as únicas pessoas que ainda não deixaram sua vila são os moradores de Tel Tamar que estão tentando defender a cidade ao lado de soldados curdo PYD (Partido Curdo da União Democrática).

Ainda segundo o Arquimandrita Youkhana, até o final de fevereiro, o número de famílias refugiadas cadastradas chega a 800 em Hassake e 175 em Qamishli. Infelizmente “na atualização de números, estima-se que irá atingir 1.200 famílias refugiadas.”

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