“Olho com alegria para o próximo mês de Julho, no Rio de Janeiro. Vinde! Encontramo-nos naquela grande cidade do Brasil!”, disse o Papa Francisco no domingo de Ramos aos jovens de todo o mundo. Este convite, porém, não foi dirigido apenas aos jovens dos países mais ricos, que são os que podem pagar os custos da viagem ao Rio.

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, afirma o lema da Jornada Mundial da Juventude, à qual irão jovens de todo o mundo para juntos darem testemunho de Jesus Cristo. De maneira especial, os jovens dos países onde os cristãos sofrem necessidade e hostilidades, darão um testemunho especial. Além disso, a experiência de compartilhar sua fé com milhões de outros jovens os reforçará nesta virtude. Estes jovens não são uma minoria, eles pertencem à gigantesca família da Igreja Católica!

Representando a juventude católica iraquiana, 100 jovens de Bagdá participarão da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. O Papa Francisco olha de forma especial pelo bem dos cristãos no Iraque, pois o novo Patriarca caldeu-católico, Dom Louis Raphael Sako, visitou o Santo Padre uma semana depois de sua eleição e informou-lhe sobre o sofrimento destes cristãos. O Papa o escutou com lágrimas nos olhos. Em apenas 10 anos, mil cristãos foram martirizados, sessenta igrejas atacadas junto da presença do medo, da morte e da perseguição em cada esquina. O encontro com o Papa fortalecerá e animará a juventude católica iraquiana, pois lhes mostrará que eles não são um grupo marginalizado. Com 20.000 euros, a Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), contribuiu também para que estes jovens de Bagdá pudessem aceitar o convite do Papa.

A juventude do Haiti, o país mais pobre da América Latina e o Caribe, também precisa ser encorajada. A desgraça desabou sobre esta nação: violência, catástrofes naturais como o devastador terremoto de janeiro de 2010 (que deixou mais de 250 mil mortos), distúrbios políticos, pobreza e fome assolam o país. Está previsto que dois jovens de cada uma das dez dioceses do Haiti vão ao Rio, para que, ao seu regresso, possam contagiar com entusiasmo os outros jovens e transmitir-lhes a convicção de que eles formam parte de uma Igreja presente em todo o mundo. O desespero não tem a última palavra, e o encontro com o Santo Padre e milhões de outros jovens será para eles uma experiência inesquecível. Algumas dioceses haitianas organizarão em agosto encontros de jovens para que os que peregrinaram à JMJ transmitam suas experiências aos que não puderam viajar ao Rio do Janeiro. A associação Ajuda à Igreja que Sofre não só financiará parte dos gastos da viagem dos jovens que irão ao Rio, mas também ajudará com 12.000 Euros na realização do grande encontro juvenil na Diocese haitiana de Jérémie, onde quase mil jovens provenientes das 39 paróquias do país se reunirão.

Também no Egito há jovens que querem participar da Jornada Mundial da Juventude. Os jovens deste país estão desiludidos, porque a primavera árabe resultou ser um desmascarado inverno, frustrando suas esperanças de um melhor futuro para os cristãos. Precisamente para este grupo, a vida agora está mais difícil que nunca. A Ajuda à Igreja que Sofre contribuiu com 10.000 euros para que 49 jovens egípcios se convertam em embaixadores da esperança para a Igreja deste país.

A vivência é importante; desde os inícios do cristianismo, a fé era também questão de experiência. O encontro vivo, a aproximação pessoal, o contato direto, enfim, tudo o que lemos sobre a fé no Evangelho continua latente. Porém, também é preciso sustentar o entusiasmo com conhecimentos e preparar-se adequadamente para este acontecimento. Por esta razão, a Ajuda à Igreja que Sofre encomendou a distribuição de um milhão e meio de exemplares do catecismo YouCat para jovens de todo o Brasil. A publicação, que leva o prefácio de Bento XVI, já havia sido um grande êxito na última Jornada Mundial da Juventude em Madri.

Nesta edição do encontro mundial de jovens com o Santo Padre, a associação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre terá uma participação especial através de uma exposição missionária no centro do Rio de Janeiro, onde serão exibidos vídeos e objetos típicos dos lugares onde se desenvolve o trabalho missionário da AIS, e, em paralelo, a entidade promoverá a vinda de músicos católicos da Jamaica e da China, que irão ao Rio para partilhar seus talentos e sua experiência de fé com jovens do mundo inteiro.

O Papa Francisco tem grandes expectativas para esta Jornada Mundial da Juventude. Em sua homilia do Domingo do Ramos disse: “Os jovens devem dizer ao mundo: é bom seguir Jesus; é bom andar com Jesus; é boa a mensagem de Jesus; é bom sair de nós mesmos para levar Jesus às periferias do mundo e da existência”.

Ajudemos os jovens dos países onde a Igreja sofre a acolherem este convite!

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