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Terroristas atacaram novamente Moçambique

28 de junho de 2022

Com o recém-empossado bispo de Pemba pedindo ao mundo que não esqueça a situação que deixou mais de quatro mil mortos e 800 mil deslocados, a ACN se comprometeu com um novo pacote de apoio emergencial para deslocados internos.

Terroristas atacaram novamente na região de Cabo Delgado, norte de Moçambique. Mataram um número desconhecido de pessoas, sequestraram mulheres e crianças e forçaram pelo menos 11 mil a fugir. Isso aumenta o número de deslocados para mais de 800 mil.

Os últimos atentados ocorreram nos distritos de Ancuabe e Chiure após quase um mês de relativa paz. Parece que isso confirma mudanças na forma de agir do grupo terrorista que se identifica como Província de Moçambique do Estado Islâmico. Enquanto os terroristas iniciaram suas atividades em outubro de 2017 com ofensivas em grande escala, e até tomaram cidades em Cabo Delgado, agora tendem a atacar em grupos menores, facilitando a infiltração e ataque a pequenas aldeias e assentamentos.

Terroristas atacaram e deixaram medo e terror

“Estamos em um período muito confuso, com novos ataques. Terroristas atacaram, agora, também a região sul da Diocese. Muito pânico e muita incerteza. Obrigado pela ajuda”, disse o atual bispo de Pemba, António Juliasse Sandramo, na sua última mensagem à ACN.

O governo intensificou a presença militar na área e está fornecendo proteção aos comboios nas estradas principais. Mas testemunhas locais que pediram para não serem identificadas, disseram à ACN que o exército também sofreu baixas. “Não foram apenas civis que foram mortos, mas também soldados. Porém estamos com muita dificuldade em obter informações mais precisas”, diz a fonte.

Dom Juliasse Sandramo, que tomou posse no final de maio, pede ao mundo que não esqueça a situação dos moçambicanos. “Cabo Delgado ainda enfrenta um problema de terrorismo e precisa da presença de todo o mundo, tanto com ajuda humanitária como na busca de soluções globais para que Moçambique encontre estabilidade, paz e progresso”, afirma o bispo, falando à ACN. “Temos paróquias praticamente destruídas, padres que vivem em situações difíceis porque tiveram que abandonar suas missões de mãos vazias. Não podemos lidar com isso sozinhos”. Em alguns lugares, os missionários foram aconselhados a se retirarem para áreas mais seguras. “Peço ao mundo que não se esqueça de Cabo Delgado”, acrescenta.

ACN se compromete com uma nova ajuda

Moçambique é predominantemente cristão, exceto no norte do país onde os muçulmanos são maioria. Um grande número de deslocados internos não é cristão. Mesmo em minoria, no entanto, a Igreja tem sido um farol de ajuda e estabilidade para todos os afetados pela violência nas regiões do norte.

“As paróquias e as comunidades religiosas continuam sendo lugares de alívio. Afinal eles estão presentes quando as pessoas chegam, acolhem, oferecem comida, abrigo, assistência espiritual e apoio psicossocial”, diz o bispo António Juliasse.

O novo bispo de Pemba mostra o seu apreço pela ACN, que tem estado à frente da situação, quer divulgando a crise, quer prestando assistência imediata. Falando sobre a aprovação de novas ajudas aos refugiados, acrescenta: “Ainda que a intervenção militar tenha gerado alguma esperança de regresso das pessoas aos seus locais de origem, essa continua a ser uma realidade muito distante”.

ACN aliada à Moçambique nesse momento

“A ACN é um grande amigo de Cabo Delgado, Moçambique e África. Afinal ela fez tanto para ajudar, e graças a essa ajuda nós, como Igreja, também pudemos realizar nosso trabalho, nos aproximar de seu rebanho e ser um instrumento de evangelização. Quero agradecer a todos aqueles que cooperam para que a ACN possa ajudar pessoas necessitadas em todo o mundo. E que Deus abençoe todos os seus benfeitores!”, diz.

A ACN tem apoiado projetos pastorais, materiais e de apoio psicossocial para aqueles que foram forçados a fugir das suas casas. Também através do fornecimento de material de construção para casas para reassentamento de pessoas, construção de centros comunitários e aquisição de veículos para os missionários que trabalham com os deslocados.

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Com o recém-empossado bispo de Pemba pedindo ao mundo que não esqueça a situação que deixou mais de quatro mil mortos e 800 mil deslocados, a ACN se comprometeu com um novo pacote de apoio emergencial para deslocados internos.

Terroristas atacaram novamente na região de Cabo Delgado, norte de Moçambique. Mataram um número desconhecido de pessoas, sequestraram mulheres e crianças e forçaram pelo menos 11 mil a fugir. Isso aumenta o número de deslocados para mais de 800 mil.

Os últimos atentados ocorreram nos distritos de Ancuabe e Chiure após quase um mês de relativa paz. Parece que isso confirma mudanças na forma de agir do grupo terrorista que se identifica como Província de Moçambique do Estado Islâmico. Enquanto os terroristas iniciaram suas atividades em outubro de 2017 com ofensivas em grande escala, e até tomaram cidades em Cabo Delgado, agora tendem a atacar em grupos menores, facilitando a infiltração e ataque a pequenas aldeias e assentamentos.

Terroristas atacaram e deixaram medo e terror

“Estamos em um período muito confuso, com novos ataques. Terroristas atacaram, agora, também a região sul da Diocese. Muito pânico e muita incerteza. Obrigado pela ajuda”, disse o atual bispo de Pemba, António Juliasse Sandramo, na sua última mensagem à ACN.

O governo intensificou a presença militar na área e está fornecendo proteção aos comboios nas estradas principais. Mas testemunhas locais que pediram para não serem identificadas, disseram à ACN que o exército também sofreu baixas. “Não foram apenas civis que foram mortos, mas também soldados. Porém estamos com muita dificuldade em obter informações mais precisas”, diz a fonte.

Dom Juliasse Sandramo, que tomou posse no final de maio, pede ao mundo que não esqueça a situação dos moçambicanos. “Cabo Delgado ainda enfrenta um problema de terrorismo e precisa da presença de todo o mundo, tanto com ajuda humanitária como na busca de soluções globais para que Moçambique encontre estabilidade, paz e progresso”, afirma o bispo, falando à ACN. “Temos paróquias praticamente destruídas, padres que vivem em situações difíceis porque tiveram que abandonar suas missões de mãos vazias. Não podemos lidar com isso sozinhos”. Em alguns lugares, os missionários foram aconselhados a se retirarem para áreas mais seguras. “Peço ao mundo que não se esqueça de Cabo Delgado”, acrescenta.

ACN se compromete com uma nova ajuda

Moçambique é predominantemente cristão, exceto no norte do país onde os muçulmanos são maioria. Um grande número de deslocados internos não é cristão. Mesmo em minoria, no entanto, a Igreja tem sido um farol de ajuda e estabilidade para todos os afetados pela violência nas regiões do norte.

“As paróquias e as comunidades religiosas continuam sendo lugares de alívio. Afinal eles estão presentes quando as pessoas chegam, acolhem, oferecem comida, abrigo, assistência espiritual e apoio psicossocial”, diz o bispo António Juliasse.

O novo bispo de Pemba mostra o seu apreço pela ACN, que tem estado à frente da situação, quer divulgando a crise, quer prestando assistência imediata. Falando sobre a aprovação de novas ajudas aos refugiados, acrescenta: “Ainda que a intervenção militar tenha gerado alguma esperança de regresso das pessoas aos seus locais de origem, essa continua a ser uma realidade muito distante”.

ACN aliada à Moçambique nesse momento

“A ACN é um grande amigo de Cabo Delgado, Moçambique e África. Afinal ela fez tanto para ajudar, e graças a essa ajuda nós, como Igreja, também pudemos realizar nosso trabalho, nos aproximar de seu rebanho e ser um instrumento de evangelização. Quero agradecer a todos aqueles que cooperam para que a ACN possa ajudar pessoas necessitadas em todo o mundo. E que Deus abençoe todos os seus benfeitores!”, diz.

A ACN tem apoiado projetos pastorais, materiais e de apoio psicossocial para aqueles que foram forçados a fugir das suas casas. Também através do fornecimento de material de construção para casas para reassentamento de pessoas, construção de centros comunitários e aquisição de veículos para os missionários que trabalham com os deslocados.

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