A carta é breve. De alguma forma ela conseguiu sair de Damasco. A Irmã Joseph-Marie escreve: “Por favor, não nos deixem sozinhos neste sofrimento. Nos ajudem a tornar visíveis o amor e a esperança nesta situação desoladora.” E ela ainda acrescenta: “A solidariedade dos senhores é para nós um sinal da graça, de que o Senhor não se esquece de nós.”

As “Irmãs da Caridade” solicitaram 125.500 reais para poderem sobreviver durante dois meses com 350 famílias cristãs. Essas famílias não têm mais nenhuma renda; os preços do pão, farinha, leite em pó, água e verduras sobem sem parar. Eles querem trabalhar, eles querem sobreviver em sua pátria, a Síria.

Também as “Irmãs do Bom Pastor” procuram por vocês. Nunca antes seu pequeno escritório junto à Igreja da Ressurreição, em Homs, esteve tão cheio. Nunca houve tantas famílias refugiadas com crianças. Dormem no parque, nas academias, nos salões comunitários. Não são poucos que levam consigo seus doentes. As Irmãs cuidam de todos, incluindo mais de 700 crianças. Elas precisam de leite, cobertores, roupas, medicamentos. E são gratas por qualquer gesto de interesse. Nós já transferimos 119.500 reais para as “Irmãs do Bom Pastor”, numa conta segura. Contamos com a generosidade de vocês.

E esses são apenas dois exemplos da tragédia humana na Síria. Centenas de milhares de cristãos estão em fuga, em seu próprio país, ou para o Líbano e para a Jordânia. Fadi K., um padeiro de 50 anos de idade, diz, chorando: “Minha casa foi incendiada. Todas as nossas economias se foram. O que posso fazer para alimentar meus seis filhos? Que Deus perdoe a todos, eles não sabem o que fazem.” Fadi é um dentre muitos. Precisamos colocar algo em suas mãos vazias, mãos que pedem e rezam com dignidade, mãos de irmãos e irmãs em necessidade.

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