É próprio do amor fazer com que aqueles que se amam desejem permanecer próximos. E com frequência dizemos que amamos a Deus. Então por que custa-nos tanto darmos um espaço maior à Ele em nossa vida? Deus nos criou para que permanecêssemos sempre ao seu lado, mas por vezes somos nós que nos separamos de sua amizade.

A caminho da celebração da Páscoa do Senhor somos confrontados com a maior história de amor que o mundo já conheceu: a história de Jesus Cristo. Quaresma é o tempo litúrgico em que somos chamados a nos deter perante este amor de Deus por nós. Durante a quaresma somos igualmente convidados a nos preparar para a celebração da Páscoa, por uma consciência maior quanto ao espaço que damos à oração, ao jejum e a comunhão fraterna. Sim. Temos que nos perguntar e questionar. Perante tanto amor de Deus por nós, qual é o nosso amor a Deus, visualizado concretamente no amor de serviço aos irmãos? Cristo continua a viver sua paixão e calvário nos que de tantas formas sofrem, por vezes, dentro de nossas próprias casas, ao nosso lado e pelo mundo.

Foi por puro amor ao Pai e aos homens que Cristo se encarnou, viveu nossa vida e assumiu nossos sonhos, sofrimentos e mesmo nossos pecados, oferecendo-se como vítima viva no altar da cruz para nos salvar. Se Deus Pai assim nos amou pela oferta de seu Filho amado, Jesus, o que vamos retribuir de nossa parte?

Através da penitência, oração e caridade nos tornamos Cristo vivo e presente no mundo. É somente em Jesus que poderemos saciar a fome de justiça, de paz e de fraternidade, material e espiritual, que todos aspiramos e precisamos. Sem Jesus perdemos as verdadeiras referências.

É por demais salutar que se reflita sobre as palavras do apóstolo Pedro aos fiéis de seu tempo e que servem totalmente para os dias de hoje: “Vocês devem saber que não foi com coisas perecíveis como ouro ou prata que vocês foram resgatados da vida inútil que herdaram de seus antepassados. Vocês foram resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como o de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1Ped 1,18-19).

Que o Deus do Amor e da Vida nos abençoe e nos desperte no dever cristão de amor para com todos, particularmente com os que mais sofrem necessidades materiais e espirituais em nossa pátria e pelo mundo.

Padre Evaristo Debiasi
Assistente Eclesiástico Nacional

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Um comentário

  1. EVANDER JUNIO CHAGAS DOS SANTOS 21 de outubro de 2015 at 19:39 - Responder

    É próprio do amor fazer com que aqueles que se amam desejem permanecer próximos. E com frequência dizemos que amamos a Deus. Então por que custa-nos tanto darmos um espaço maior à Ele em nossa vida? Deus nos criou para que permanecêssemos sempre ao seu lado, mas por vezes somos nós que nos separamos de sua amizade.

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