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Papa Leão XIV recebe a ACN em audiência privada

Publicado em: outubro 10th, 2025|Categorias: Notícias|Views: 148|

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Na manhã do dia 10 de outubro de 2025, Sua Santidade, o Papa Leão XIV, recebeu, em audiência privada no Vaticano, a fundação pontifícia ACN. Este encontro, portanto, marcou os 25 anos de missão contínua da fundação em defesa do direito à liberdade religiosa, bem como o compromisso de dar voz aos cristãos que sofrem por sua fé em diversas regiões do mundo.

A delegação presente foi liderada pelo Cardeal Mauro Piacenza, Presidente Internacional da ACN, além de contar com Regina Lynch, Presidente Executiva da Fundação. Ao mesmo tempo, também participaram membros da direção internacional da ACN, representantes de diversos escritórios nacionais, enquanto a liderança do Comitê Editorial do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2025 esteve igualmente representada.

A presidente da ACN Brasil, Ana Manente, também estava na delegação e teve a oportunidade de presentear o Santo Padre com uma flâmula simbolizando todos os benfeitores da ACN Brasil, que diariamente fazem um grande esforço para ajudar, com suas orações e doações, os cristãos que mais sofrem.

Gratidão do Papa Leão XIV à missão da ACN

Durante a audiência, o Santo Padre se dirigiu aos membros da fundação com profunda gratidão, reconhecendo sua missão e o compromisso firme com os cristãos perseguidos. Dessa forma, o discurso evidenciou o quanto a atuação da ACN é valorizada na luta pela liberdade religiosa. “Recordamo-nos deles, estamos ao lado deles”

Em seu discurso, o Papa Leão XIV ressaltou com firmeza a importância da liberdade religiosa e afirmou que a Igreja tem o dever de defendê-la onde estiver ameaçada. Assim, ele declarou: “Sua visita é oportuna, pois nosso mundo continua a testemunhar o aumento da hostilidade e da violência contra aqueles que têm convicções diferentes, incluindo muitos cristãos. Em contraste, sua missão proclama que, como uma única família em Cristo, não abandonamos nossos irmãos e irmãs perseguidos. Pelo contrário, recordamo-nos deles, estamos ao lado deles e trabalhamos para assegurar as liberdades que Deus lhes concedeu.”

O Santo Padre ainda destacou que “o direito à liberdade religiosa não é opcional, mas essencial”, descrevendo-o como “a pedra angular de qualquer sociedade justa, pois protege o espaço moral em que a consciência pode ser formada e exercida.” Além disso, relembrou que tal liberdade não se trata apenas de uma concessão política.

Liberdade religiosa: princípio fundamental

“A liberdade religiosa, portanto, não é apenas um direito legal ou um privilégio concedido pelos governos; é uma condição fundamental que torna possível a reconciliação autêntica.” Dessa maneira, o Papa destacou que esta é a base para toda convivência pacífica e reconciliação verdadeira.

Além disso, o Papa Leão XIV lembrou as origens da ACN, reforçando sua convicção: “Foi a partir dessa convicção que nasceu a sua organização. Fundada em 1947, em resposta ao imenso sofrimento deixado pela guerra, a organização tem como missão, desde o início, promover o perdão e a reconciliação, além de acompanhar e dar voz à Igreja onde ela precisar, estiver ameaçada ou sofrer.”

Por consequência, o Santo Padre enfatizou a concretização da missão da ACN em todo o mundo, destacando que a fé se transforma em ação por meio de inúmeros projetos. Ele fez questão de expressar sua gratidão pelo apoio recebido na Diocese de Chiclayo, no Peru: “Seu compromisso também se estende ao apoio à missão da Igreja em todo o mundo, alcançando comunidades muitas vezes isoladas, marginalizadas ou sob pressão. Onde quer que a ACN reconstrói uma capela, apoia uma religiosa ou fornece uma emissora de rádio ou um veículo, vocês fortalecem a vida da Igreja, bem como o tecido espiritual e moral da sociedade.”

A importância do Relatório e o encorajamento do Papa

O Papa elogiou o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo da ACN ao dizer que é “um instrumento poderoso de conscientização… [que] dá testemunho, dá voz aos que não têm voz e revela o sofrimento oculto de muitos.”

O Papa Leão XIV concluiu sua fala com uma mensagem de encorajamento: “Não vos canseis de fazer o bem (cf. Gl 6,9), pois o vosso serviço dá frutos em inúmeras vidas e glorifica nosso Pai que está nos céus… Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Esperança, permaneça próxima de vós e de todos os que sofrem.” Assim, ele reforçou a importância constante do trabalho da ACN em favor dos cristãos perseguidos em todo o mundo.

Apresentação do Relatório sobre a Liberdade Religiosa 2025 ao Papa Leão XIV

Durante a audiência, a ACN, então, apresentou ao Santo Padre a primeira cópia antecipada do próximo Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo 2025. O lançamento oficial acontecerá em 21 de outubro, em Roma. O relatório, que cobre 196 países e tem mais de mil páginas, documenta o estado atual da liberdade religiosa e da perseguição ao redor do mundo.

Um presente da Síria: o Ícone da Esperança

Como símbolo profundo de esperança, bem como de fé resistente diante do sofrimento, Regina Lynch presenteou o Santo Padre com um ícone feito da madeira do teto destruído da Catedral Maronita de São Elias, em Alepo. A ACN ajudou a restaurar a catedral, severamente danificada durante o conflito na Síria, e ela foi reaberta em 20 de julho de 2020, na festa de seu padroeiro.

Por fim, o ícone representa, ao mesmo tempo, a resiliência das comunidades cristãs no Oriente Médio e a renovação da fé, mesmo diante da devastação. Este gesto é um testemunho direto da missão central da ACN: acompanhar os que sofrem perseguição e reconstruir a Igreja onde ela mais precisa.

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