Editorial: O Espírito da verdade
18 de outubro de 2018
Outubro é um mês especialmente dedicado à “Missão Mundial”, mas é também o “Mês do Rosário”. À primeira vista, os dois assuntos aparentam ter pouco em comum. No entanto, são na realidade, inseparáveis. Toda missão católica vive inteiramente da oração, a qual impele sempre aquele que reza a anunciar o Evangelho a todas as pessoas.
O mundo de hoje é dominado mais do que nunca por ideologias. Nos encontramos em uma luta espiritual. Trata-se de escolher qual será o espírito que deve nos guiar. É por isso que precisamos tanto da oração e das missões; para que através delas o espírito da verdade vença. Antes de enviar seus discípulos para anunciar o Evangelho, Jesus deu-lhes o poder de expulsar os espíritos maus (Mc 6,7). Eles deveriam, por assim dizer, “exorcizar” o mundo para que os corações dos homens estivessem abertos para receber o novo espírito.
O também fundador da ACN, Pe. Werenfried, percebeu desde o início que ajudar materialmente os necessitados e perseguidos, também eleva espiritualmente os benfeitores; talvez até mesmo os salva do orgulho e da decadência moral. Pois a compaixão para com os pobres nos arranca da indiferença. Alem disso, nos impele a agir por amor e dá ao nosso espírito cristão brilho e poder de persuasão.
O fervor apostólico guiado pelo Espírito da verdade
Sabemos por experiência própria que, a decisão de rezar fielmente e de agir de maneira missionária, sempre traz junto uma batalha espiritual. O diabo quer roubar de nós sobretudo o impulso interior, o fervor apostólico e a ousadia. “Essa falta de fervor se manifesta no cansaço e na desilusão, no acomodamento e no desinteresse e, sobretudo, na falta de alegria e de esperança”, escreveu o beato Papa Paulo VI na Evangelii nuntiandi. Pelo contrário, o empenho pela causa de Deus afasta todas as desculpas, por exemplo, daqueles que veem na evangelização uma violação da liberdade pessoal.
Paulo VI pergunta, com razão: “Será então um crime contra a liberdade de outrem o proclamar com alegria uma Boa Nova que se recebeu primeiro, pela misericórdia do Senhor? Ou por que, então, só a mentira e o erro, a degradação e a pornografia, teriam o direito de serem propostos e com insistência, infelizmente, pela propaganda destrutiva dos ‘mass media’ [meios de comunicação social], pela tolerância das legislações, pelo acanhamento dos bons e pelo atrevimento dos maus?”
Caros amigos, rezemos com fervor o Rosário, para que através de Maria, a primeira missionária, prevaleça em nós o espírito da verdade que traz a paz ao mundo. Pela oração e pela caridade, ajudemos os missionários “na frente de batalha” a não se deixarem influenciar pelo espírito falso ou a pregar suas próprias ideias, mas a pregar apenas a “maior e mais antiga ideia”: Cristo.
Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional
Outubro é um mês especialmente dedicado à “Missão Mundial”, mas é também o “Mês do Rosário”. À primeira vista, os dois assuntos aparentam ter pouco em comum. No entanto, são na realidade, inseparáveis. Toda missão católica vive inteiramente da oração, a qual impele sempre aquele que reza a anunciar o Evangelho a todas as pessoas.
O mundo de hoje é dominado mais do que nunca por ideologias. Nos encontramos em uma luta espiritual. Trata-se de escolher qual será o espírito que deve nos guiar. É por isso que precisamos tanto da oração e das missões; para que através delas o espírito da verdade vença. Antes de enviar seus discípulos para anunciar o Evangelho, Jesus deu-lhes o poder de expulsar os espíritos maus (Mc 6,7). Eles deveriam, por assim dizer, “exorcizar” o mundo para que os corações dos homens estivessem abertos para receber o novo espírito.
O também fundador da ACN, Pe. Werenfried, percebeu desde o início que ajudar materialmente os necessitados e perseguidos, também eleva espiritualmente os benfeitores; talvez até mesmo os salva do orgulho e da decadência moral. Pois a compaixão para com os pobres nos arranca da indiferença. Alem disso, nos impele a agir por amor e dá ao nosso espírito cristão brilho e poder de persuasão.
O fervor apostólico guiado pelo Espírito da verdade
Sabemos por experiência própria que, a decisão de rezar fielmente e de agir de maneira missionária, sempre traz junto uma batalha espiritual. O diabo quer roubar de nós sobretudo o impulso interior, o fervor apostólico e a ousadia. “Essa falta de fervor se manifesta no cansaço e na desilusão, no acomodamento e no desinteresse e, sobretudo, na falta de alegria e de esperança”, escreveu o beato Papa Paulo VI na Evangelii nuntiandi. Pelo contrário, o empenho pela causa de Deus afasta todas as desculpas, por exemplo, daqueles que veem na evangelização uma violação da liberdade pessoal.
Paulo VI pergunta, com razão: “Será então um crime contra a liberdade de outrem o proclamar com alegria uma Boa Nova que se recebeu primeiro, pela misericórdia do Senhor? Ou por que, então, só a mentira e o erro, a degradação e a pornografia, teriam o direito de serem propostos e com insistência, infelizmente, pela propaganda destrutiva dos ‘mass media’ [meios de comunicação social], pela tolerância das legislações, pelo acanhamento dos bons e pelo atrevimento dos maus?”
Caros amigos, rezemos com fervor o Rosário, para que através de Maria, a primeira missionária, prevaleça em nós o espírito da verdade que traz a paz ao mundo. Pela oração e pela caridade, ajudemos os missionários “na frente de batalha” a não se deixarem influenciar pelo espírito falso ou a pregar suas próprias ideias, mas a pregar apenas a “maior e mais antiga ideia”: Cristo.
Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional