“No coração deste mundo, permanece presente o Senhor da vida que tanto nos ama. Não nos abandona, não nos deixa sozinhos, porque Se uniu definitivamente à nossa terra e o seu amor sempre nos leva a encontrar novos caminhos. Que Ele seja louvado!”
Papa Francisco (Carta Encíclica Laudato Si’)

O salmista expressa com clareza a maior aspiração do coração humano quando exclama: “A minha alma tem sede de Deus e o meu coração anseia pela vida como terra árida sem água” (Sl 63,2s).

Buscando maior compreensão, as ciências humanas consideram que a maturidade ou a sanidade de uma pessoa se mede na relação sadia cultivada consigo mesmo, com os bens da criação, com as criaturas e com o Criador. O Papa Francisco em sua última carta encíclica, “Laudato si” (Louvado seja) nos recorda fundamentalmente esta harmoniosa relação com o todo que nos cerca. Neste sentido, nosso primeiro ato de amor a Deus é nos amarmos em nossa própria realidade existencial: “Não sabeis que sois o templo vivo de Deus e que o Espírito Santo habita em vós”? (1Cor 3,16). Para em seguida abraçarmos a particular missão, dada a nós por Deus desde a origem, de cuidar de modo responsável dos bens da criação (Gn 1,29s).

Na Pessoa de Jesus a Palavra de Deus adquire sua força, seu sentido maior como caminho e alimento necessário para a nossa vida. Dessa forma, quando não acolhemos a Palavra de Deus, a Boa Nova dos Evangelhos, constituímos um grave desamor conosco e, depois, com os que amamos, pois nunca seremos plenos longe do Criador. Eis aí a causa primeira de todos os males do coração humano: o esquecimento de Deus. Sem Deus nos tornamos inimigos de nós próprios e de todos. Por isso, nosso amor a Cristo se concretiza no amor a Deus e aos irmãos, particularmente no amor de ajuda aos que mais sofrem necessidades materiais e espirituais em nosso meio e pelo mundo.

É sempre no acolhimento e na vivência da Palavra de Deus que encontraremos o segredo, o remédio e a fonte da água viva que sacia a sede e as aspirações mais profundas do coração humano. Mas para tanto, ousemos amar, ousemos seguir os passos de Jesus: eis o caminho.

Este é apenas o editorial do Boletim do mês.

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