A Irmã Maria Rosa Fernandes da Silva sorri alegremente, sempre que ela está no seu jardim. Este jardim é mais que especial para ela, na verdade é uma verdadeira farmácia. É aqui que ela planta diversas ervas e plantas com propriedades medicinais,

Com as quais ela pode ajudar muita gente que de outra maneira seria incapaz de pagar por qualquer outro tipo de tratamento médico. A Irmã trabalha no Centro de Formação Diocesano, onde ensina a outras mulheres como usar de forma correta estas plantas. Uma destas plantas em especial cuida dos males da febre, outra evita cólicas – e todas são de graça e sem efeitos colaterais. Todas pessoas do Centro de Formação podem levar mudas para plantar em seus jardins.

Mas isto não é tudo que o Centro de Marera, na Diocese de Chimoio tem para oferecer. Também há cursos de formação para catequistas, de vital importância para uma diocese que cobre uma área de 61.000 km², que, de acordo com o anuário pontificio, tem apenas 5 padres. De fato estes padres também podem receber adicionais formações neste centro. Outro serviço de extrema importância são os cursos de prevenção da AID’s. Numa região onde quase um quarto da população é HIV positivo e destes 65% tem de 15 a 24 anos, a Igreja precisa ser capaz de formar uma sensibilização entre as pessoas e oferecer um conceito de vida fundamentada na doutrina católica, na qual é possível viver a fidelidade dentro do casamento e a castidade fora dele. Neste caminho, jovens podem aprender como viver uma vida genuinamente cristã e estar preparado a entender o que significa viver como marido e mulher, como casal e como pais.

Essa iniciação, da transação para a vida adulta, é coisa muito importante na cultura africana. Tradicionalmente, jovens são iniciados na vida adulta nas aldeias através de uma variedade de ritos diferentes e aprendem com os mais velhos como eles devem viver. Embora muitos valores positivos sejam passados desta forma, há também muitos elementos pagãos, que não pode ser conciliados com a doutrina católica. E assim a Igreja se esforça para incorporar tudo o que é bom nas várias culturas diferentes, como o tradicional valor colocado na família e na mulher como a doadora da vida e, em certo sentido redescobrir esses valores na luz do Evangelho, para incluí-los na vida cristã do povo e, portanto, por assim dizer, para “batizar” a cultura. Desta forma, os jovens são incentivados a não romper com a sua cultura, o que seria deixá-los sem raízes e perdidos no mundo, mas para aprender o que significa verdadeiramente ser um cristão no ambiente real e concreto em que vivem.

Ao mesmo tempo o Centro oferece programas de ajuda e desenvolvimento prático, uma vez que cerca de 90% das pessoas nesta região vivem da terra, cultivando seu próprio terreno e gerenciando uma escassa produção de sobrevivência. E assim a Igreja está ajudando de uma maneira muito prática a melhorar suas vidas. Aqui, como em toda a África, a educação é uma das chaves mais importantes para um futuro melhor. Como Bispo Francisco João Silota de Chimoio explicou recentemente à ACN, quase toda a infra-estrutura na sua diocese foi destruída durante a guerra civil.

A AIS prometeu ajudar o Centro de Formação Diocesano em Marera, para que ele possa continuar a dar o seu contributo precioso e vital para a vida da diocese.

Últimas notícias

Um comentário

  1. ISABEL DE ALMEIDA CARNEIRO PLACHI 20 de outubro de 2009 at 12:14 - Responder

    existe algum livro e orientação sobre as plantas que curam e como usá-la dessa irmã?

Deixe um comentário