Se por um lado existe um grande êxodo de cristãos árabes no Oriente Médio, por outro, verifica-se a chegada de cristãos vindos de outros países (Filipinas, Índia, África, América Latina e Europa do Leste) à região por razões financeiras, e em busca de trabalho, representando um tremendo desafio para a Igreja nestas terras.

Em Israel, por exemplo, há aproximadamente 50 a 60 mil imigrantes católicos. Prover o cuidado pastoral adequado para eles não tem sido tarefa fácil para a Igreja, pois, ao contrário dos cristãos vindos do Oriente Médio, eles não falam Árabe. Ao mesmo tempo, um cuidado pastoral apenas em inglês resulta insuficiente, pois os filhos destes imigrantes agora só falam hebraico. Assim, o cuidado pastoral dos católicos que falam hebraico em Israel e o cuidado dos imigrantes em geral, foi confiado pelo Patriarcado Latino de Jerusalém ao vicariato de São Tiago, sob a pessoa do Padre David Neuhaus.

O vicariato foi estabelecido inicialmente em 2011 e hoje contém sete paróquias, cinco das quais de língua hebraica e duas delas de língua russa. Entretanto, o cuidado pastoral se estende além destas paróquias, pois o vicariato também atende estrangeiros em busca de trabalho e refugiados em busca de abrigo (sobretudo vindos do Sudão e da Eritréia). Além disto, dezenas de famílias cristãs árabes vivem em áreas onde se fala hebraico por motivos de trabalho e seus filhos são ensinados a pensar e falar apenas nesta língua. Em breve, um centro pastoral será construído no sul de Tel Aviv (segunda maior cidade de Israel) com o nome de “Nossa Senhora, Mulher da Coragem” que atenderá os milhares de cristãos de língua árabe, hebraica e os milhares de imigrantes católicos que chegam à região.

As duas igrejas católicas na localidade de Jaffa (ao sul de Tel Aviv), não bastam para atender todos estes católicos e a presença católica na cidade de Tel Aviv não está oficialmente estabelecida. No espaço de três anos a comunidade já teve que mudar de lugar três vezes. Hoje há cinco Missas Dominicais celebradas em um bunker alugado. Mesmo assim os imigrantes cristãos continuam sem atenção pastoral e correndo o risco de unirem-se a uma das várias pequenas seitas do local.

A meta do Pe. Neuhaus agora é construir um centro para o culto, catequese, preparação para os sacramentos, formação vocacional e cursos de formação para adultos. Além disto, o centro proveria as bases necessárias para formar agentes para o cuidado pastoral dos refugiados, em colaboração com outras organizações. O centro necessitaria estar em um lugar de fácil acesso aos meios públicos de transporte. O sacerdote está em contato com as autoridades locais, de maneira especial o prefeito da cidade, que estão cientes das necessidades particulares dos cristãos nesta área e estão dispostas a trabalhar com a Igreja ali.

O edifício, que ainda está por ser comprado e convertido em centro pastoral, eventualmente terá no seu pavilhão capelas para os vários grupos linguísticos. Já o centro paroquial e as acomodações para os sacerdotes seriam no primeiro andar junto a duas pequenas salas de aula. O terceiro andar acomodaria uma comunidade de irmãs já envolvidas com a pastoral dos imigrantes. Adicionalmente haveria espaços multiuso, como cuidados médicos, assistentes sociais, catequeses, etc. O centro é uma necessidade urgente, sobretudo pelas razões pastorais. A AIS espera poder ajudar o projeto com a essencial ajuda de seus benfeitores.

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