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Sede e Fome de Deus

Publicado em: setembro 11th, 2015|Categorias: Palavra Viva|Views: 2673|

O salmista expressa com clareza a maior aspiração do coração humano quando exclama: “a minha alma tem sede de Deus e o meu coração anseia pela vida como terra árida sem água” Sl.62.1s.

As ciências humanas consideram que a maturidade ou a sanidade de uma pessoa se mede na relação sadia que alguém possui consigo próprio, com os bens da criação, com os irmãos e com o Criador. O Papa Francisco em sua última carta encíclica, “Laudato si” (Louvado seja Deus) nos ensina que nos cuidados que devemos ter com os bens da criação, a pessoa humana deve sempre ocupar o lugar central.

Por isto mesmo, nosso primeiro ato de amor a Deus é nos amarmos em nossa própria realidade. O cuidado com a vida pessoal não é egoísmo, mas o primeiro passo para, de fato, amar a Deus e aos irmãos, pois ninguém oferece ao outro o que não possui. Somente depois temos consciência e possibilidades reais de cuidar de modo responsável dos bens da criação.

A partir da Pessoa e da mensagem de Jesus somos chamados a sermos homens e mulheres transfigurados, destinados à ressurreição. Ainda mais importante é reconhecer que em Jesus, nosso único Salvador e Redentor, a Palavra de Deus adquire sua força, seu sentido maior como caminho e alimento necessário para a nossa vida cristã. Neste sentido o não acolhimento da Palavra de Deus, da Boa Nova dos Evangelhos, se constitui num grave desamor conosco e com os que amamos. A causa primeira de todos os males do coração humano, como do desencontro com a vida em nossas famílias e na humanidade se deve ao esquecimento de Deus e de sua Palavra. Sem Deus nos tornamos inimigos de nós próprios e de todos. O nosso amor a Cristo se concretiza no amor a Deus e aos irmãos, particularmente no amor de caridade aos que mais sofrem necessidades materiais e espirituais em nosso meio e pelo mundo.

O acolhimento e a vivência da Palavra de Deus faz acontecer a partilha de vida e contribui para encontrarmos o segredo, o remédio e a fonte da água viva que sacia a sede e as aspirações mais profundas do coração humano. Sim, isto significa que para aceitarmos nossa condição também é necessário aceitarmos nossa natureza de criaturas amadas de Deus. A Bíblia nos ajuda muito nesta compreensão.

Resta-nos a humildade em responder uma só pergunta:
Que lugar ocupa a Palavra de Deus em minha vida e na minha família?

Em Cristo, minhas preces e bênção

Padre Evaristo Debiasi
Assistente Eclesiástico Nacional

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Um comentário

  1. EVANDER JUNIO CHAGAS DOS SANTOS 21 de outubro de 2015 at 19:28 - Responder

    As ciências humanas consideram que a maturidade ou a sanidade de uma pessoa se mede na relação sadia que alguém possui consigo próprio, com os bens da criação, com os irmãos e com o Criador. O Papa Francisco em sua última carta encíclica, “Laudato si” (Louvado seja Deus) nos ensina que nos cuidados que devemos ter com os bens da criação, a pessoa humana deve sempre ocupar o lugar central.

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