A Eucaristia não foi um adereço deixado por Jesus antes de sua Páscoa, mas a grande ação de graças de sua vida, obra e missão. Saber agradecer é algo esplêndido: em sua divindade Jesus não precisaria agradecer, mas em sua humanidade Ele foi essencialmente agradecido.

Saber agradecer é acima de tudo expressar uma consciência de quem somos e a quem pertencemos. A comunidade de Jesus nasce da união com Ele e isto leva a uma série de rupturas com o mundo, ou seja, com as estruturas que não refletem o Evangelho na vida. Saber agradecer é apresentar uma outra linguagem entre aqueles que se identificam com a causa de Cristo. Saber agradecer é oferecer um testemunho de credibilidade capaz de enfrentar as armadilhas que o mundo continuamente nos impõe. É ser livre e audacioso, isto é, desprovido de toda e qualquer ambição e munido de um único combustível: o amor que irradia e gera mais amor.

Precisamos recuperar o ‘saber agradecer’, recriando uma autêntica cultura de gratidão. “Tudo é dom e graça de Deus”, dizia o teólogo Bruno Forte, e esquecer de agradecer é passar ao lado daquilo que constitui a beleza da vida. Agradecer implica reconhecer e corresponder. Portanto, ali onde não há gratidão, o dom fica perdido”, resume o teólogo.

Fortalecer a cultura de gratidão é vivificar a memória do coração, desvendando pouco a pouco o triplo mistério que somos chamados a clarificar durante a vida, nas três clássicas perguntas: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

Como uma oração perpétua, cabe a nós pensar, falar e demonstrar gratidão. Ser agradecido se aprende agradecendo e tudo se pacifica quando a gratidão marca nosso ser por inteiro. Nesse sentido, gratidão Senhor, pelos nossos 25 anos de existência como ACN no Brasil.

Frei Rogério Lima
Assistente Eclesiástico Nacional

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Um comentário

  1. cecilia 5 de dezembro de 2022 at 08:40 - Responder

    Reconhecer sempre e agradecer eternamente são gestos do coração!

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