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Rapto de missionário em Mali

Publicado em: novembro 30th, 2022|Categorias: Notícias|Views: 859|

“Rapto de missionário em Bamako, Mali, é um alerta para ‘a tragédia’ causada pelo terrorismo”, diz presidente da ACN. “Pedimos orações a todos os nossos benfeitores e amigos para a libertação imediata do Padre Ha-Jo. Ele é um construtor de paz no meio da violência e do terrorismo. A nossa Fundação tem apoiado a sua missão nos últimos anos e agora ele precisa das nossas orações e solidariedade”, afirmou Thomas Hene-Geldern, presidente executivo internacional da Fundação ACN.

“Além das orações, a ACN encoraja a comunidade internacional a fazer o possível para aliviar a situação causada pelos jihadistas na população do Sahel. Eles estão sofrendo, não apenas no Mali mas também nos países vizinhos”, afirmou ainda Heine-Geldern num comunicado emitido em Köignstein, a sede da ACN. “O que está acontecendo é uma tragédia, uma ferida aberta no mundo”, disse ainda.

Rapto de missionário é alarmante

O Padre Hans-Joachim Lohre, também conhecido entre os amigos como Ha-Jo, desenvolvia um importante trabalho ao nível do diálogo inter-religioso, lecionando no Instituto de Educação Cristã-Islâmica. Sua missão era apoiada pela ACN.

O sacerdote alemão terá sido raptado, de acordo com as primeiras informações disponíveis, no domingo perto da escola onde trabalhava. Ele se preparava para celebrar uma missa numa Igreja na região. O seu automóvel foi encontrado abandonado e a cruz que ele trazia sempre consigo estava no chão.

A notícia do rapto deste missionário é alarmante e é um sinal também da deterioração das condições de vida para a comunidade cristã neste país africano.

Padre sabia o risco que corria

O padre alemão estava bem ciente, no entanto, dos riscos que corria por estar no Mali. Ele próprio disse em diversas entrevistas: “Nos avisaram que os jihadistas estão nos observando”. No entanto, apesar de saber que poderia, por exemplo, vir a ser raptado, o Padre Joachim não se desviava do essencial: o trabalho como missionário.

Em entrevistas à ACN, explicou o que entendia ser o seu dever como missionário. “A questão nos é dada no Evangelho”, disse numa ocasião, acrescentando que “é isso que dá sentido à nossa vida”. “Vemos que o importante não é viver muito ou pouco, fazer muito ou pouco; mas sim, que aquilo que se faz tem como significado fazer do mundo um lugar melhor.”

Padre sempre defendeu o diálogo entre as religiões

Ainda recentemente, numa mensagem gravada durante uma visita à ACN, o Padre Hans-Joachim Lohre lembrou a importância de se cultivar o diálogo entre religiões, mesmo num ambiente relativamente hostil como acontece desde há vários anos no Mali.

“Há quase 30 anos que vivo no Mali, na África Ocidental, mais precisamente em Bamako. Aqui temos um grande centro para o Diálogo Cristão-Muçulmano, que forma leigos, padres e religiosas nos estudos islâmicos. Lhes damos um conhecimento aprofundado do Islão. Assim, quando regressarem à sua comunidade, poderão construir pontes para terem contato com as mesquitas das proximidades. Existem fortes correntes fundamentalistas no Mali neste momento, mas a grande maioria quer apenas viver em paz. Por isso, é essencial que nós fomentemos uma boa relação com os muçulmanos que nos rodeiam.”

A ACN apoiou, só nos últimos três anos, mais de sete dezenas de projetos no Mali, que incluem encontros de formação organizados pelo centro do Padre Joachim Lohre.

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