Naquela noite silenciosa em Belém, no primeiro Natal, não havia lugar na hospedaria. Só restava um estábulo simples, o abrigo dos humildes. Ali, entre palha e frio, nasceu a Luz do mundo, cercada por corações simples, mas cheios de fé.
Hoje, mais de dois mil anos depois, essa mesma Luz continua a brilhar, não entre paredes, mas em cada canto esquecido do mundo onde um catequista não deixa a chama da esperança se apagar.
Os catequistas são os Josés e Marias do nosso tempo: caminham longas distâncias, enfrentam rios, fome, violência e medo, levando nos braços o Menino que o mundo ainda não acolheu. São homens e mulheres que fazem nascer Cristo todos os dias: nas aldeias da Amazônia, nos campos de refugiados da África, nas ruínas da Ucrânia e nos povoados escondidos da Ásia.
O papel dos catequistas como guardiões da fé nos lugares mais esquecidos do mundo
Em Burkina Faso, África, o terrorismo espalhou o medo e o desespero. Paróquias inteiras foram esvaziadas; padres tiveram que fugir. Em meio a tudo isso, a presença da Igreja e a chama da fé foi mantida pelos catequistas. Muitos deles vivem deslocados, suas mesas estão quase sempre vazias.
Neste Natal, a ACN também quer olhar com carinho especial para os catequistas brasileiros, que mantêm viva a fé nas margens do Rio Amazonas. Catequistas como o casal Adirce e Leni, que encontrou no Evangelho a força para recomeçar: “Nós vivíamos longe de Deus, bebíamos, deixávamos nossos filhos sozinhos. Um deles se matou. E foi essa dor que nos fez mudar. Fiz a Primeira Comunhão, Crisma, me casei e me tornei catequista. Agora precisamos de uma canoa com motor para alcançar outras famílias.”
Com uma doação de R$ 187 você ajuda a cobrir todos os custos para que este casal de catequistas chegue a mais uma aldeia remota levando o Evangelho na sua própria língua.
Frei Germano, que acompanha os povos Ticuna, resume o sentido dessa missão: “Quando um catequista chega, é uma festa. A palavra que ele traz dá segurança, renova a esperança. Os catequistas falam Ticuna para os Ticuna. Assim a Igreja chega aonde nós, frades, não conseguimos.”
Essas histórias lembram o presépio: Cristo nasce de novo nas mãos dos humildes e generosos, nas canoas que cruzam rios como se fossem caminhos de Belém, nos sorrisos das crianças que aprendem a rezar e nas famílias que reencontram a paz.
Cada catequista é uma estrela de Belém, guiando outros até a manjedoura. E você, benfeitor da ACN, é como um dos Magos, que oferece seu dom — não ouro, incenso e mirra, mas amor, sustento e fé.
Neste Natal, a ACN convida você a fazer parte desse milagre silencioso. Enquanto muitos correm em busca de luzes e presentes, há quem só precise de um gesto, de um pouco de ajuda, para descobrir que a verdadeira manjedoura é o coração humano.
Artigos de interesse
Igreja pelo mundo
