«Vocês viriam à festa de aniversário do Papa Francisco?». Ao ouvir estas palavras esfregaram os olhos para entender se ainda dormiam. Duvidaram se tinham compreendido bem a pergunta. Depois de um instante de desorientação e admiração, começaram a arrumar a cama, feita de papelão e cobertores que protegem do frio das noites romanas.

Não acontece todos os dias o que sucedeu a três homens de aproximadamente quarenta anos, sem-teto, que, como muitos outros, encontram refúgio habitualmente debaixo do pórtico do prédio da Sala de Imprensa da Santa Sé, na via della Conciliazione. Na manhã de terça-feira, 17 de Dezembro, o arcebispo Konrad Krajewski se apresentou muito cedo. Dirigiu-se a um deles, os primeiros que viu, com aquele convite inesperado: festejar o septuagésimo sétimo aniversário do Papa Francisco.

Aos três – um eslovaco, um polaco e um checo com o seu inseparável cão – não parecia verdade. Encheram o bagageiro do carro do arcebispo com as suas poucas coisas, entraram, ajeitaram o cãozinho no meio deles, e partiram em direção da Casa de Santa Marta.

Quando chegaram, os três desabrigados receberam grande admiração e simpatia. Esperaram que terminasse a missa para que o arcebispo os apresentasse ao Pontífice. Tinham uma prenda especial para ele: um raminho de girassóis, porque estas flores, como explicou D. Krajewski, se voltam sempre para o sol, como a Igreja olha sempre para o seu «sol», Cristo.

O Papa Francisco os convidou para tomar um café da manhã com ele no refeitório de Santa Marta. Trocaram algumas palavras, num clima de muita familiaridade e confidência. «Vale a pena ser pobre – exclamou num momento um dos três dirigindo-se ao Pontífice – porque podemos ser recebidos pelo Papa!».

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Um comentário

  1. Alcineide 20 de dezembro de 2013 at 23:45 - Responder

    È sem dúvidas um servo de DEUS!!

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