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O ano de São José, um experiente ‘gestor de crises’

16 de março de 2021

Há mais de um ano que o mundo tenta vencer a crise do coronavírus. E justamente neste momento, o Papa Francisco proclama surpreendentemente o “Ano de São José”. Sim, tempos de confusão e desespero exigem um “gestor de crises” experiente. Não foi o próprio Deus quem escolheu José para o maior e mais arriscado empreendimento da história, a Obra da Salvação? Não foi a esse homem justo e carpinteiro de profissão que Ele confiou o que de mais precioso tinha: seu Filho com sua mãe, Maria? José foi chamado a assumir o lugar de Deus Pai na terra, para ser, por assim dizer, o representante dEle na terra. Um chamado para o qual os patriarcas, profetas, reis, apóstolos, papas, e todos os homens só podem olhar com admiração.

Mas também José teve de aprender que não existe grande vocação, nem existe grande amor, sem grandes sacrifícios. O Evangelho nos relata: “… antes que coabitassem, Maria achou-se grávida…” (Mt 1,18). Existe sofrimento maior para quem está apaixonado do que descobrir que sua noiva está esperando um filho de outra pessoa? Mergulhado em uma crise existencial, José permaneceu em silêncio, rezou e esperou em Deus. Esperou contra toda a esperança (cf. Rm 4,18), confiando para além de seu limite, e assim se tornou pai na fé para todos os homens. Mas esse foi apenas o começo.

“São José é o modelo dos humildes”

José passou por momentos de severas provações e lutas espirituais, mas ele sabia que só era preciso servir com amor. “São José é o modelo dos humildes. Ele é a prova de que não se necessitam ‘grandes coisas’, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas”, disse São João Paulo II.

A grandeza de São José é dificilmente reconhecida, pois consiste em virtudes que têm pouco valor aos olhos do mundo. Quem é que gosta de permanecer escondido, silencioso, pequeno, gentil, obediente? Na verdade, José viveu sempre na “sombra”. Certamente ele conhecia, como nós, o peso das próprias fraquezas e imperfeições, mas, ao lado de Maria e da Criança, ele crescia dia após dia no amor abnegado. Olhar para eles, para a pureza deles, era uma constante exigência e, ao mesmo tempo, sua maior felicidade.

Jesus fez de José, seu fiel pai adotivo, um protetor para todas as necessidades. Ele é capaz de obter de Jesus tudo para nós, pois assim como o Filho foi obediente a seu pai adotivo na terra, assim também Ele lhe concederá no céu tudo o que este lhe pedir. Certamente o seu desejo é que em cada um de nós brilhe a luz pascal, aquele amor humilde que é capaz de superar qualquer crise e vencer todo mal.

Padre Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico da ACN Internacional

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Há mais de um ano que o mundo tenta vencer a crise do coronavírus. E justamente neste momento, o Papa Francisco proclama surpreendentemente o “Ano de São José”. Sim, tempos de confusão e desespero exigem um “gestor de crises” experiente. Não foi o próprio Deus quem escolheu José para o maior e mais arriscado empreendimento da história, a Obra da Salvação? Não foi a esse homem justo e carpinteiro de profissão que Ele confiou o que de mais precioso tinha: seu Filho com sua mãe, Maria? José foi chamado a assumir o lugar de Deus Pai na terra, para ser, por assim dizer, o representante dEle na terra. Um chamado para o qual os patriarcas, profetas, reis, apóstolos, papas, e todos os homens só podem olhar com admiração.

Mas também José teve de aprender que não existe grande vocação, nem existe grande amor, sem grandes sacrifícios. O Evangelho nos relata: “… antes que coabitassem, Maria achou-se grávida…” (Mt 1,18). Existe sofrimento maior para quem está apaixonado do que descobrir que sua noiva está esperando um filho de outra pessoa? Mergulhado em uma crise existencial, José permaneceu em silêncio, rezou e esperou em Deus. Esperou contra toda a esperança (cf. Rm 4,18), confiando para além de seu limite, e assim se tornou pai na fé para todos os homens. Mas esse foi apenas o começo.

“São José é o modelo dos humildes”

José passou por momentos de severas provações e lutas espirituais, mas ele sabia que só era preciso servir com amor. “São José é o modelo dos humildes. Ele é a prova de que não se necessitam ‘grandes coisas’, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas”, disse São João Paulo II.

A grandeza de São José é dificilmente reconhecida, pois consiste em virtudes que têm pouco valor aos olhos do mundo. Quem é que gosta de permanecer escondido, silencioso, pequeno, gentil, obediente? Na verdade, José viveu sempre na “sombra”. Certamente ele conhecia, como nós, o peso das próprias fraquezas e imperfeições, mas, ao lado de Maria e da Criança, ele crescia dia após dia no amor abnegado. Olhar para eles, para a pureza deles, era uma constante exigência e, ao mesmo tempo, sua maior felicidade.

Jesus fez de José, seu fiel pai adotivo, um protetor para todas as necessidades. Ele é capaz de obter de Jesus tudo para nós, pois assim como o Filho foi obediente a seu pai adotivo na terra, assim também Ele lhe concederá no céu tudo o que este lhe pedir. Certamente o seu desejo é que em cada um de nós brilhe a luz pascal, aquele amor humilde que é capaz de superar qualquer crise e vencer todo mal.

Padre Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico da ACN Internacional

3 Comentários

  1. Guacira Silva de Menezes 27 de julho de 2021 at 17:55 - Responder

    São José rogai por nós. Amém 🙏

  2. Sandra S A Santiago 16 de março de 2021 at 16:53 - Responder

    Linda reflexão sobre José, o Carpinteiro que, na humildade e obediência ao Deus Pai, foi nosso exemplo maior. Salve São José! Glorioso

  3. JúLIA MARIA 16 de março de 2021 at 14:13 - Responder

    Texto muito sério e maravilhoso! São José realmente é o modelo dos humildes, silencioso, sem voz para reclamações, pois sabia da total responsabilidade do falador irresponsável e sem ética. Só mesmo a misericórdia infinita para nos acolher num momento cruciante como este. Que Deus seja louvado!

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