A situação na Ucrânia se agravou depois dos confrontos de ontem, entre manifestantes e forças da ordem, contabilizando até o momento 25 mortos e centenas de feridos, alguns em estado grave.

Perante o aumento da tensão, a Igreja lançou um apelo à oração pela paz e pela contenção da violência. Ontem, ao final do dia, em declarações feitas por telefone à Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), diretamente da Praça Maidan, em Kiev, o Bispo Auxiliar da diocese de rito latino de Kyiv-Zhytomyr explicou que cristãos de todas denominações estavam em oração pela paz, reunidos em duas tendas transformadas em capelas.

Quando soube do agravamento da tensão entre manifestantes e agentes da autoridade, o bispo, Dom Stanislav Szyrokoradiuk, dirigiu-se imediatamente para a Praça, para “oferecer o apoio espiritual às pessoas necessitadas”, independentemente das suas convicções religiosas. “Não faz diferença se alguém é católico ou não”, acrescentou o prelado que destacou ainda a presença no local de “padres capuchinhos que estão também ajudando a cuidar dos feridos”.

Durante a tarde de ontem, os sinos das Igrejas católica e Ortodoxa estiveram tocando, reforçando o apelo para que todos os cristãos se unam numa corrente de oração pela paz. Também o Bispo Petro Herkulan Malchuk sublinhou a urgência deste apelo, pedindo, através da AIS, que toda a comunidade cristã “reze conosco pela paz na Ucrânia”.

Já hoje, o Papa Francisco também manifestou a sua preocupação pela violência na Ucrânia. Durante a audiência pública semanal, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco disse acompanhar “com o espírito preocupado”, o que está acontecendo por estes dias em Kiev. “Asseguro a minha proximidade ao povo ucraniano e rezo pelas vítimas da violência, seus familiares e pelos feridos”. O Papa convidou ainda que ambas as partes cessem de imediato com a violência e procurem “a concórdia e a paz” para o país.

No final de Janeiro, o presidente executivo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, Johannes Freiherr Heereman, num encontro com representantes das conferências episcopais da Alemanha, Polônia e Estados Unidos, reiterou a importância do “papel das Igrejas cristãs como força de pacificação na Ucrânia”.

A Ajuda à Igreja que Sofre permanece em contato permanente com representantes da Igreja na Ucrânia e convida a todos os benfeitores a rezar pela paz no país.

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