Depois do massacre de 31 de outubro em Bagdá, onde 58 cristãos foram mortos e mais de 70 ficaram feridos, mais cristão estão fugindo das cidades de Mosul e Bagdá. Muitas famílias que deixaram tudo para trás estão agora recebendo ajuda emergencial da Ajuda à Igreja que Sofre, que destinou aproximadamente R$ 33 mil para esta causa.


Será necessário o envio de mais R$ 22 mil para os cristãos que fugiram de suas cidades e estão chegando em Kirkuk e Sulaymaniyah, sem nenhuma idéia do que os aguardam. Não há comidas e nem remédios.

Já na diocese de Zakho, no extremo norte do país, a AIS está providenciando uma ajuda de aproximadamente R$ 55 mil para dar de comer a centenas de famílias cristãs. A ajuda será distribuída pelas freiras da congregação Filhas de Maria Imaculada.

O anuncio da ajuda que será enviada vem em meios a relatos de que 500 famílias – mais de 2 mil pessoas – fugiram de Bagdá e Mosul pela violência e intimidação. Ontem (segunda-feira), surgiram relatos de que Hekmet Jaboure Samak e sua esposa, Samira, um casal de idosos do bairro cristão de Bealdeyat, teriam sido mortos em sua casa.

Fontes da Igreja em Bagdá disse à Ajuda à Igreja que Sofre que os agressores invadiram a casa onde o casal vivia há muitos anos. Depois de matar os dois cristãos, os assassinos roubaram tudo na casa. “Tudo foi levado”, disse a fonte da Igreja no país.

Falando do norte do Iraque, o arcebispo Bashar Warda de Erbil agradeceu a AIS pela sua ajuda permanente, dizendo que os cristãos estão com muito medo: “Os cristãos em Bagdá e Mosul não têm uma vida digna. Eles sentem medo até mesmo dentro de casa. Eles não podem sair livremente. Eles têm que pensar duas vezes antes de ir à igreja aos domingos”.

O Arcebispo Warda acrescentou: “As pessoas deixariam imediatamente o país se pudessem. A única coisa que as impede é que, em muitos casos, são muito pobres. Se deixarem o pouco que conquistaram durante toda uma vida, precisarão lutar o dobro para conquistar um novo trabalho, casa e escola para os filhos”.

O arcebispo afirmou que os agentes imobiliários em Bagdá haviam reduzido o valor das propriedades pertencentes a cristãos, o que significaria que se vendessem não teriam o dinheiro suficiente para encontrar uma outra moradia.

Ajudar os cristãos no Oriente Médio é uma prioridade para a Ajuda à Igreja que Sofre. O Papa Bento XVI disse recentemente que a caridade precisa se concentrar no apoio aos fiéis de regiões onde ‘a Igreja esteja ameaçada em sua própria existência’.

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