Temos um novo ano à nossa frente e provavelmente não será um ano fácil. Mais uma razão para olhar, cheios de esperança, para aquilo que não muda e que pode nos guiar por tempos difíceis: o próprio Deus. Jesus mesmo prometeu, antes de subir ao céu: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20). Ele mantém esta promessa também hoje, porque onde quer que um sacerdote pronuncie as palavras da consagração sobre o pão e o vinho, o Senhor se torna realmente presente com Corpo e Sangue.

Desta realidade viveu um jovem que, há apenas alguns meses, em 10 de outubro de 2020, foi beatificado em Assis: Carlo Acutis. Ele nasceu em Londres em 1991 e cresceu em Milão, na Itália, como filho único de uma família. A Primeira Comunhão despertou no coração do menino de sete anos um profundo amor pela Eucaristia. Todos os dias ele ia à Santa Missa para receber Jesus. Ele costumava dizer que seu projeto de vida era “estar sempre unido a Jesus”. E descrevia a Eucaristia como a “estrada para o Céu”. Aos 15 anos ele adoeceu de uma grave leucemia e então faleceu em 12 de outubro de 2006. Seu último desejo foi ser enterrado em Assis. Seu corpo embalsamado – vestido com jeans, tênis e uma jaqueta esportiva – repousa na igreja de “Santa Maria Maggiore”, no mesmo lugar onde São Francisco se despojou de suas ricas roupas, para se entregar completamente a Deus.

Um santo dos nossos dias

Como outros jovens, Carlo vivia fascinado pelo mundo dos computadores. Dedicou-se intensamente aos algoritmos da informática. Mesmo aqui o seu amor pela Eucaristia foi fundamental. Aos onze anos de idade, criou uma página web, que a essas alturas está traduzida em 17 idiomas, e na qual ele documentou 136 milagres eucarísticos de todos os continentes (www.miracolieucaristici.org). “Acredito que muitas pessoas não entendem realmente o valor da Santa Missa em toda a sua profundidade”, dizia Carlo. Ele estava convencido: “Quando permanecemos muito tempo no sol, ficamos bronzeados. Mas quando permanecemos diante de Jesus na Eucaristia, então nos tornamos santos”. Sua própria vida foi a prova disso. Sua prima Flavia testemunhou que não se lembrava de alguma vez ter visto Carlo triste. “A tristeza é o olhar dirigido a si mesmo. A felicidade é o olhar dirigido a Deus”.
Caros amigos, que esta felicidade sobrenatural possa acompanhá-los durante todo o ano e dar-lhes forças para oferecer a Deus também as situações dolorosas, assim como Carlo ofereceu sua doença “pelo Papa e pela Igreja”, especialmente por todos os sacerdotes, que na Missa trazem o Senhor à terra para nós.

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

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