A explosão de uma bomba junto à Catedral copta de São Marcos, no bairro de Abbasiyado, na capital do Egito, ontem (11 de dezembro de 2016), durante a celebração da Missa, provocou a morte de pelo menos 25 pessoas, entre os quais também crianças, e mais de 50 feridos.

Os primeiros relatos disseram que a bomba teria sido arremessada para o interior de uma capela, por volta das 10 horas da manhã – 6 horas de Brasilia – que fica junto à catedral. Apesar de o ataque não ter sido logo reivindicado, o presidente egípcio decretou de imediato três dias de luto nacional, afirmando ter-se tratado claramente de um ato terrorista. “O terrorismo está contra a pátria dos cristãos e muçulmanos, mas o Egito vai se fortalecer, como de costume”, afirmou o presidente Abdul Fattah al-Sisi em um comunicado.

No mesmo sentido seguiu as declarações do primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, que reagiu ao atentado afirmando que os “muçulmanos e os cristãos” estão “solidários” contra este “terrorismo negro”.

Os cristãos coptas representam apenas cerca de 10% dos 90 milhões de egípcios e a catedral de São Marcos é, precisamente, a sede oficial onde fica Teodoro II de Alexandria, atual chefe da Igreja Ortodoxa Copta de Alexandria.

Apesar de serem apenas uma minoria no país, os coptas têm sido um dos alvos principais de grupos radicais, especialmente desde o golpe de Estado de 2013 que derrubou a presidência de Mohammed Morsi e que acabou por catapultar al Sisi para o poder. Desde então, a Irmandade Muçulmana, que apoiava Morsi, tem acusado a minoria cristã de estar do lado dos militares.

Mas os ataques contra os cristãos são anteriores a esses acontecimentos. Durante o Natal copta, em janeiro de 2011, por exemplo, um ataque terrorista provocou 21 mortos e sete dezenas de feridos em Alexandria.

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