A comunhão eterna entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo é um bom exemplo de relação familiar. O próprio Filho, Jesus, ao se encarnar, quis nascer em uma família, como que legitimando a sacralidade desta instituição. É por isso também que, família, é sempre um assunto atual e emergente para a Igreja.
“Amor em família: vocação e caminho de santidade”. Este é o tema escolhido pelo Papa Francisco para o Encontro Mundial das Famílias que acontece este mês em Roma. O encontro é um importante evento que muito favorece a reflexão, a oração e a evangelização a partir das famílias, ambiente vital para a descoberta, o crescimento e o amadurecimento da fé e dos valores cristãos. Se a mensagem do Evangelho não chegar até as famílias, então estaremos ainda longe da sociedade do amor que tanto queremos ver no mundo.
A Exortação Amoris Laetitia constata que “o enfraquecimento da fé e da prática religiosa, em algumas sociedades, afeta as famílias, deixando-as ainda mais a sós com as suas dificuldades. (…) uma das maiores pobrezas da cultura atual é a solidão, fruto da ausência de Deus na vida das pessoas e da fragilidade das relações. Há também uma sensação geral de impotência face à realidade socioeconômica que, muitas vezes, acaba por esmagar as famílias.
A mudança começa pelas nossas famílias
Frequentemente as famílias sentem-se abandonadas pelo desinteresse e a pouca atenção das instituições. As consequências negativas sob o ponto de vista da organização social são evidentes: da crise demográfica às dificuldades educativas, da fadiga em acolher a vida nascente ao sentir a presença dos idosos como um peso, até à difusão de um mal-estar afetivo que às vezes chega à violência. O Estado tem a responsabilidade de criar as condições legislativas e laborais para garantir o futuro dos jovens e ajudá-los a realizar o seu projeto de formar uma família” (AL, n° 43).
Querido amigo benfeitor, querida amiga benfeitora, junho é o mês que rendemos graças a Deus pela sua presença conosco. É graças a você que a ACN resgata pais, mães, filhos, famílias inteiras que padecem os diversos males de uma sociedade ainda bastante longe da fraternidade sonhada. Contudo, nunca percamos a esperança! Se existe uma mudança possível para o mundo de hoje, essa mudança começa pelas nossas famílias.
Que a nossa oração e testemunho se transformem em um eco de amor, chegando em todas as sociedades atuais, nos diferentes contextos da missão da Igreja e nos complexos cenários nos quais se encontram e se desenvolvem as nossas famílias.
Frei Rogério Lima
Assistente Eclesiástico Nacional
Eco do Amor
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