Foram sobretudo as mulheres que acompanharam Jesus até à cruz e as primeiras a encontrar o Senhor Ressuscitado no terceiro dia. Nelas tornou-se presente a vocação de Nossa Senhora na realização do plano de salvação de Deus para o mundo.
Sem a Mãe, não existe o Filho. Sem Maria, não temos Jesus! Hoje esta vocação mariana encontra continuidade de maneira especial nas mulheres consagradas. Santa Madre Teresa de Calcutá expressou: “Nós, as religiosas, fazemos a nossa profissão não para nos tornarmos ‘profissionais’ e para termos uma profissão, mas para amarmos somente Jesus com amor indiviso.”
Nesta edição apresentaremos algumas mulheres corajosas que, como Maria, consagraram totalmente suas vidas a Deus. Sua força, seu serviço na construção da Igreja e do mundo, sua oração silenciosa e sua entrega permanecem em grande parte ocultos aos olhos do mundo e, infelizmente, não é raro que também na Igreja a sua verdadeira vocação seja ignorada. Assim como o nome de Maria não é mencionado nos relatos pascais dos Evangelhos, muitas religiosas também não experimentam a glória da vitória pascal e muito menos estão sob os holofotes do grande público. Elas permanecem à sombra da cruz a fim de levar a luz para as trevas do mundo. Elas mostram o verdadeiro amor da Mãe que zela e cuida de seus filhos que mais necessitam.
Coração Mariano
Em suas cartas, o Apóstolo Paulo descreve a grandeza da vocação das mulheres com títulos que apontam diretamente para a pessoa e a obra do Espírito Santo nas Escrituras: auxiliadoras, protetoras, amparadoras dos fiéis e sacerdotes, servas da Igreja, mães de muitos. Também hoje, muitas mulheres vivem nutridas pela força do Espírito Santo, tornando fecunda a missão da Igreja e despertando nos corações das pessoas uma viva esperança da Ressurreição. Elas olham para Maria, assim como a Irmã Noha que nos escreveu do Líbano: “Todas as manhãs, quando os doentes vêm diante da porta da clínica com lágrimas nos olhos, preocupados, confusos e desesperados, invoco o Coração de Maria, pedindo que me torne capaz de escutar, compreender, acolher, dar um conselho. Maria transforma nossos esforços em uma entrega gratuita que produz frutos”. Sim, aí vemos o coração mariano, o coração materno da Igreja. É esse o centro da missão pascal de cada um de nós.
Abençoada Páscoa do Senhor a vocês e suas famílias!
Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional
Eco do Amor
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