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Cazaquistão: bispos pedem orações

Publicado em: janeiro 17th, 2022|Categorias: Notícias|Views: 679|

O número de católicos no país é muito pequeno (um por cento), mas os bispos do Cazaquistão pedem orações! Eles dirigiram várias mensagens ao povo para que – com a ajuda de Deus – as dificuldades atuais sejam resolvidas e a paz e a harmonia retornem ao país.

Dia 10 de janeiro, dia nacional de luto declarado no Cazaquistão, o arcebispo Tomasz Peta falou na televisão. Ele pediu aos seus concidadãos que façam todo o possível para resolver pacificamente a situação atual do país.

Em sua mensagem em russo – enviada à ACN – o arcebispo da Arquidiocese de Maria Santíssima em Astana, a sede episcopal da Igreja Católica que cobre o norte do Cazaquistão, lamentou os trágicos incidentes do nas últimas semanas. Cerca de 200 pessoas perderam a vida em conflitos aparentemente provocados por protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis.

Bispos do Cazaquistão pedem orações e paz para o povo

“Lamentamos as vítimas”, diz ele, pedindo ao clero da arquidiocese que celebre missas na quinta-feira, 13 de janeiro, “para rezar pelas vítimas e pela paz em nosso amado Cazaquistão”. O próprio arcebispo Peta celebrará a Santa Missa por esta intenção na Catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na capital de Nur-Sultan, anteriormente conhecida como Astana.

“No domingo, após a oração do Angelus, o Papa Francisco falou sobre os incidentes no Cazaquistão. Ele confiou o Cazaquistão à proteção de Nossa Senhora Rainha da Paz de Oziornoje. Seguindo o apelo do Papa, queremos também pedir a paz por intercessão da padroeira do nosso país, a Rainha da Paz”.

Fontes consultadas pela ACN informam que a situação em Nur-Sultan é bastante calma neste momento. Enquanto isso, em Almaty, no sul do país, onde as ações foram mais graves, continuam as dificuldades de comunicação. O país vem enfrentando problemas com a internet e a conexão móvel desde o início dos incidentes.

Bispos de todas as partes se unem

Apesar dessas dificuldades, no entanto, também foi possível ao bispo de Almaty e presidente da Conferência Episcopal do Cazaquistão, José Luis Mumbiela, juntar-se ao apelo às orações no dia nacional de luto pelas vítimas.

“Aqui em Almaty agradecemos a todos por suas orações, compaixão e preocupações”, diz o prelado. “Queremos lembrar em nossas orações aqueles que mais sofreram durante a última semana. Nesses dias e noites Almaty estava com nevoeiro devido às condições meteorológicas, mas também havia nevoeiro dentro de muitas pessoas”, diz o bispo na sua mensagem, falada em russo e enviada à ACN.

O prelado descreve os eventos atuais como um nevoeiro, ou neblina, que torna difícil entende o que está acontecendo e como pode ter acontecido, mas conclui que “as pessoas no Cazaquistão, especialmente em Almaty, não mereciam nada disso”, diz ele.

Situação no Cazaquistão, aos poucos, volta ao normal

Falando sobre a situação atual em Almaty, Monsenhor Mumbiela explica que “as pessoas estão voltando aos poucos a uma vida normal”. Lembrando que as celebrações do Natal terminaram e o tempo comum começa na liturgia, o bispo de Almaty destaca que este é o momento em que as pessoas comuns são chamadas a agir.

“Temos que lembrar que a paz está em nossas mãos e depende de nós. Bem-aventurados os pacificadores. Então rezemos não apenas pela paz. Mas também criemos a paz para os outros com a ajuda de Deus”, pede. Ele acrescenta “tentemos reconstruir o Cazaquistão que todos sonhamos juntos, com todas as pessoas deste país e desta cidade. Um Cazaquistão internacional e inter-religioso, de paz e harmonia. Um Cazaquistão que Deus ama e abençoa com o amor especial de Santa Maria, Rainha da Paz desta nação”, enfatiza Monsenhor.

Em sua mensagem, o bispo também agradeceu àqueles que serviram com sacrifício, proporcionando segurança ao povo.

Bispo lembra as vítimas

Por sua vez, Dom Adelio Dell’Oro, bispo da diocese de Karaganda, no centro-leste do país, lembrou especialmente as vítimas de sua diocese. “Muitas pessoas derramaram seu sangue” e sublinhou que “toda vida humana é preciosa e a violência não levará a uma nova sociedade, um novo mundo”.

Da mesma forma, Dell’Oro explicou em sua mensagem, também em russo, que a verdadeira paz é um dom de Deus, possível quando as pessoas experimentam a verdadeira religiosidade. “Isso nos dá a entender que somos todos irmãos e irmãs”.

“Então podemos respeitar a vida um do outro e perdoar. Mas só podemos perdoar com o poder de Deus. Por isso rezamos por todas as vítimas, esperando que tudo se resolva em paz, com justiça e para o bem de todos”.

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