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Caso: Patriarca Antonios

25 de novembro de 2020

Abuna Antonios, que se tornou Patriarca da Igreja Ortodoxa Tawahedo da Eritreia em 2004, está em prisão domiciliar desde 2007, mas nenhuma acusação formal foi feita contra ele.

Resumo

Meses depois de se tornar Patriarca em 2004, o relacionamento de Abuna Antonios com as autoridades da Eritreia se deteriorou. Ele “resistiu aos pedidos do governo” para “excomungar 3.000 membros da Medhane Alem, uma Escola Dominical Ortodoxa”. “Ele [também] protestou pela prisão secreta de três padres ortodoxos” e “exigiu que o governo libertasse os Cristãos acusados de traição”.

Em 13 de janeiro de 2006, o Patriarca Antonios foi secretamente removido do cargo “por se opor repetidamente à interferência do governo nos assuntos eclesiásticos.” Membros pró-governo do Santo Sínodo o acusaram de fazer “política suja”.

Em 20 de janeiro de 2007, “dois padres, acompanhados por três agentes de segurança do governo, entraram em sua casa” e “confiscaram” a insígnia do Patriarca. Desde então, ele está em prisão domiciliar. Em 27 de maio de 2007, o governo da Eritreia instalou Dom Dioscoros de Mendefera como Chefe da Igreja. Às 5h da manhã do dia seguinte, 28 de maio de 2007, as autoridades “removeram à força o Patriarca de sua casa e [ele foi] detido em local não revelado”. Nenhuma acusação oficial foi feita e nenhuma sentença foi formalmente emitida contra ele.

Agora com 93 anos, o Patriarca Antonios é “mantido em isolamento e não tem permissão para visitas, mesmo de membros da família”. Ele mora em um prédio da Igreja, mas supostamente foi negado atendimento médico, apesar de sofrer de “diabetes grave” e “hipertensão”.

Ações para obter justiça

Depois que o governo “substituiu” o Abuna Antonios, o regime foi acusado de bloquear o apoio a ele, buscando “controlar” a Igreja. O sucessor do Patriarca Antonios, o Abuna Dioscoros, morreu em dezembro de 2015 e então Yoftahe Dimetros, um leigo “afiliado ao governo”, tornou-se o novo líder. Entre os que pedem a libertação do Patriarca Antonios está a Arquidiocese norte-americana da Igreja Ortodoxa da Eritreia, que tem feito manifestações. Em 17de julho de 2017, o Abuna Antonios fez sua primeira “breve aparição pública” desde sua prisão, mas os analistas a qualificaram de “um ardil [do governo] para sufocar as críticas internacionais”.

Em um vídeo de abril de 2019, o Patriarca Antonios dizia que os colegas ortodoxos da Eritreia o haviam abandonado e não se preocupavam com seu bem-estar. O Patriarca também se manifestou contra o leigo que lidera a Igreja e condenou o sínodo por julgá-lo “sem ouvir minha versão”. Três meses depois, a Igreja o excomungou. Numa carta assinada por cinco dos seis bispos “mais poderosos” do país, o Patriarca é acusado de “heresia cega”.

Apelo

O Bispo Ortodoxo da Eritreia, Abuna Makarios, dos EUA, que não assinou a carta de excomunhão, declarou no verão de 2019: “É apenas pela graça de Deus que o Patriarca Abuna Antonios sobreviveu a um tratamento tão longo e desumano… o Pontífice de uma das crenças mais antigas continua sendo o prisioneiro de consciência mais proeminente do mundo.”

Mais informações em: Relatório sobre cristãos presos em nome da fé

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Abuna Antonios, que se tornou Patriarca da Igreja Ortodoxa Tawahedo da Eritreia em 2004, está em prisão domiciliar desde 2007, mas nenhuma acusação formal foi feita contra ele.

Resumo

Meses depois de se tornar Patriarca em 2004, o relacionamento de Abuna Antonios com as autoridades da Eritreia se deteriorou. Ele “resistiu aos pedidos do governo” para “excomungar 3.000 membros da Medhane Alem, uma Escola Dominical Ortodoxa”. “Ele [também] protestou pela prisão secreta de três padres ortodoxos” e “exigiu que o governo libertasse os Cristãos acusados de traição”.

Em 13 de janeiro de 2006, o Patriarca Antonios foi secretamente removido do cargo “por se opor repetidamente à interferência do governo nos assuntos eclesiásticos.” Membros pró-governo do Santo Sínodo o acusaram de fazer “política suja”.

Em 20 de janeiro de 2007, “dois padres, acompanhados por três agentes de segurança do governo, entraram em sua casa” e “confiscaram” a insígnia do Patriarca. Desde então, ele está em prisão domiciliar. Em 27 de maio de 2007, o governo da Eritreia instalou Dom Dioscoros de Mendefera como Chefe da Igreja. Às 5h da manhã do dia seguinte, 28 de maio de 2007, as autoridades “removeram à força o Patriarca de sua casa e [ele foi] detido em local não revelado”. Nenhuma acusação oficial foi feita e nenhuma sentença foi formalmente emitida contra ele.

Agora com 93 anos, o Patriarca Antonios é “mantido em isolamento e não tem permissão para visitas, mesmo de membros da família”. Ele mora em um prédio da Igreja, mas supostamente foi negado atendimento médico, apesar de sofrer de “diabetes grave” e “hipertensão”.

Ações para obter justiça

Depois que o governo “substituiu” o Abuna Antonios, o regime foi acusado de bloquear o apoio a ele, buscando “controlar” a Igreja. O sucessor do Patriarca Antonios, o Abuna Dioscoros, morreu em dezembro de 2015 e então Yoftahe Dimetros, um leigo “afiliado ao governo”, tornou-se o novo líder. Entre os que pedem a libertação do Patriarca Antonios está a Arquidiocese norte-americana da Igreja Ortodoxa da Eritreia, que tem feito manifestações. Em 17de julho de 2017, o Abuna Antonios fez sua primeira “breve aparição pública” desde sua prisão, mas os analistas a qualificaram de “um ardil [do governo] para sufocar as críticas internacionais”.

Em um vídeo de abril de 2019, o Patriarca Antonios dizia que os colegas ortodoxos da Eritreia o haviam abandonado e não se preocupavam com seu bem-estar. O Patriarca também se manifestou contra o leigo que lidera a Igreja e condenou o sínodo por julgá-lo “sem ouvir minha versão”. Três meses depois, a Igreja o excomungou. Numa carta assinada por cinco dos seis bispos “mais poderosos” do país, o Patriarca é acusado de “heresia cega”.

Apelo

O Bispo Ortodoxo da Eritreia, Abuna Makarios, dos EUA, que não assinou a carta de excomunhão, declarou no verão de 2019: “É apenas pela graça de Deus que o Patriarca Abuna Antonios sobreviveu a um tratamento tão longo e desumano… o Pontífice de uma das crenças mais antigas continua sendo o prisioneiro de consciência mais proeminente do mundo.”

Mais informações em: Relatório sobre cristãos presos em nome da fé

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