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Caso: Leah Sharibu

25 de novembro de 2020

Uma das mais de 100 alunas sequestradas pelo Boko Haram em fevereiro de 2018, Leah Sharibu era a única Cristã entre as estudantes sequestradas e a única prisioneira a não ser libertada posteriormente – porque ela se recusou a renunciar à sua fé em troca da liberdade. Em 14 de maio de 2020, Leah completou 17 anos, tendo estado em cativeiro por 814 dias.

Resumo

Na manhã daquela segunda-feira de 19 de fevereiro de 2018, o Boko Haram atacou o Colégio Técnico e de Ciência do Governo em Dapchi, estado de Yobe, capturando 110 alunos. De acordo com relatos, as forças de segurança foram avisadas com antecedência, mas nada fizeram.

Na quarta-feira, 21 de março de 2018, a maioria dos estudantes foi devolvida a Dapchi pelos extremistas, após negociações com o governo. A mãe de Leah, Rebecca Sharibu, não conseguiu encontrar sua filha entre as alunas libertadas e foi informada por dois amigos de Leah que também foram sequestrados o que segue:

“O Boko Haram disse a Leah para aceitar o Islã e ela recusou. Então eles disseram que ela não viria conosco e deveria ir sentar-se com outras três garotas que estavam lá. Imploramos a ela para recitar a declaração Islâmica e colocar o hijab e entrar no veículo, mas ela disse que não era a fé dela, então por que ela deveria dizer que era? Se eles quisessem matá-la, podiam ir em frente, mas ela não iria dizer que é muçulmana.”

Durante o cativeiro, Leah e dois colegas conseguiram escapar. Depois de caminhar por três dias, eles pediram ajuda a uma família nômade Fulani para retornar a Dapchi – mas a família os levou de volta aos seus sequestradores do Boko Haram.

Ações para obter justiça

Em outubro de 2018, um pedido de resgate – e uma ameaça de matá-la se não fosse atendido – foi feito dois meses depois de uma gravação de áudio de Leah implorando para ser libertada. O governo federal se dispôs a pagar o resgate de Leah, mas o Boko Haram retirou a oferta quando os preparativos para entregar o dinheiro tiveram início.

Rebecca Sharibu tem criticado o presidente Muhammadu Buhari, dizendo que ele não tem levado suficientemente a sério a libertação de sua filha, e mencionando falta de comunicação entre o governo federal e a família. Falando a um dos jornais da Nigéria, ela disse: “Eles nos prometeram e à toda a nação que Leah voltaria, mas foram promessas vazias.”

Após inúmeras notícias falsas, que incluíram “notícias” de sua libertação e morte, surgiram relatos em janeiro de 2020 de que ela havia dado à luz, tendo sido forçada a se converter ao Islã e se casar com um comandante do Boko Haram.

Apelo

Apelando aos políticos britânicos para intervir no caso como parte da campanha Set Your Captives Free, (“Libertem seus prisioneiros”) Rebecca Sharibu disse: “Imploro mais uma vez ao governo do Reino Unido, como fiz no início deste ano, quando minha filha completou 17 anos após dois anos de cativeiro. Por favor, ajudem a mim e à minha filha: garantam a libertação dela. Obrigada”.

Mais informações em: Relatório sobre cristãos presos em nome da fé

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Uma das mais de 100 alunas sequestradas pelo Boko Haram em fevereiro de 2018, Leah Sharibu era a única Cristã entre as estudantes sequestradas e a única prisioneira a não ser libertada posteriormente – porque ela se recusou a renunciar à sua fé em troca da liberdade. Em 14 de maio de 2020, Leah completou 17 anos, tendo estado em cativeiro por 814 dias.

Resumo

Na manhã daquela segunda-feira de 19 de fevereiro de 2018, o Boko Haram atacou o Colégio Técnico e de Ciência do Governo em Dapchi, estado de Yobe, capturando 110 alunos. De acordo com relatos, as forças de segurança foram avisadas com antecedência, mas nada fizeram.

Na quarta-feira, 21 de março de 2018, a maioria dos estudantes foi devolvida a Dapchi pelos extremistas, após negociações com o governo. A mãe de Leah, Rebecca Sharibu, não conseguiu encontrar sua filha entre as alunas libertadas e foi informada por dois amigos de Leah que também foram sequestrados o que segue:

“O Boko Haram disse a Leah para aceitar o Islã e ela recusou. Então eles disseram que ela não viria conosco e deveria ir sentar-se com outras três garotas que estavam lá. Imploramos a ela para recitar a declaração Islâmica e colocar o hijab e entrar no veículo, mas ela disse que não era a fé dela, então por que ela deveria dizer que era? Se eles quisessem matá-la, podiam ir em frente, mas ela não iria dizer que é muçulmana.”

Durante o cativeiro, Leah e dois colegas conseguiram escapar. Depois de caminhar por três dias, eles pediram ajuda a uma família nômade Fulani para retornar a Dapchi – mas a família os levou de volta aos seus sequestradores do Boko Haram.

Ações para obter justiça

Em outubro de 2018, um pedido de resgate – e uma ameaça de matá-la se não fosse atendido – foi feito dois meses depois de uma gravação de áudio de Leah implorando para ser libertada. O governo federal se dispôs a pagar o resgate de Leah, mas o Boko Haram retirou a oferta quando os preparativos para entregar o dinheiro tiveram início.

Rebecca Sharibu tem criticado o presidente Muhammadu Buhari, dizendo que ele não tem levado suficientemente a sério a libertação de sua filha, e mencionando falta de comunicação entre o governo federal e a família. Falando a um dos jornais da Nigéria, ela disse: “Eles nos prometeram e à toda a nação que Leah voltaria, mas foram promessas vazias.”

Após inúmeras notícias falsas, que incluíram “notícias” de sua libertação e morte, surgiram relatos em janeiro de 2020 de que ela havia dado à luz, tendo sido forçada a se converter ao Islã e se casar com um comandante do Boko Haram.

Apelo

Apelando aos políticos britânicos para intervir no caso como parte da campanha Set Your Captives Free, (“Libertem seus prisioneiros”) Rebecca Sharibu disse: “Imploro mais uma vez ao governo do Reino Unido, como fiz no início deste ano, quando minha filha completou 17 anos após dois anos de cativeiro. Por favor, ajudem a mim e à minha filha: garantam a libertação dela. Obrigada”.

Mais informações em: Relatório sobre cristãos presos em nome da fé

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