“Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si. A vocação brota do coração de Deus e germina na terra boa do povo fiel, na experiência do amor fraterno.”
Papa Francisco (Mensagem para o 51º Dia Mundial de Orações pelas Vocações Religiosas)

Jesus disse: “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi.” Deus não respeita a liberdade do homem? Respeita, sim, e o faz muito bem! Porque é da essência da nossa liberdade o fato de sermos chamados e de podermos responder ao chamado de Deus. É assim que atingimos nosso destino. Deus derrama sobre nós sua ilimitada graça e bondade. O segredo mais íntimo de qualquer vocação consiste em ter sido como que submerso por essa bondade, ter sido chamado pessoalmente pelo nome. Cada um é chamado por Deus de forma única, sem qualquer mérito e, por vezes, até mesmo apesar de toda a culpa. Quem mostra com mais evidência o quanto isso é verdade é o chamado ao sacerdócio.

Entre os apaixonados, muitas vezes a sedução externa do amor desempenha um papel muito importante. E para a escolha de uma profissão se pressupõe o talento. Mas a vocação sacerdotal não apresenta pressupostos. Também a fecundidade futura do ministério sacerdotal não depende de talentos humanos, mas depende inteiramente dos méritos de Cristo. Fazer chegar o amor de Deus a todos os homens através dos sacramentos é a razão de ser do sacerdote. Na ordenação é confiado ao sacerdote o incomensurável tesouro da graça que Jesus mereceu para nós por meio da sua morte na cruz. Nesse tesouro de graças do Crucificado reside a bênção para o mundo inteiro. Mesmo assim, também o sacerdote deve fazer da sua vida um ato de doação por meio de seu sacrifício pessoal, na força da santa Eucaristia.

Enquanto em alguns países parece que está se perdendo o fascínio do chamado ao sacerdócio, em muitos outros os seminários estão cheios, e se constroem até mesmo novos seminários. Em última análise, no entanto, o que importa não é a quantidade, mas a santidade dos sacerdotes. Em 1902, Jesus disse à mística francesa, Serva de Deus, Irmã Louise M. Claret de la Touche: “Assim como há 1.900 anos eu pude renovar o mundo com doze homens – eles eram sacerdotes – também hoje eu poderia renovar o mundo com doze sacerdotes. Mas devem ser sacerdotes santos.”

Mas quem se atreve a dizer “sim” ao chamado de Deus quando se exige dele algo quase inatingível? Pois o padre, apesar de sua alta dignidade, permanece apenas um homem fraco. Por isso ele precisa de ajuda, como admite humildemente o beato padre palotino Franz Reinisch: “Eu sinto, justamente como sacerdote, toda a minha impotência e miséria. Até que todo o demasiado humano seja totalmente suprimido e surja com clareza cristalina a essência sacerdotal, exige-se muita luta e sacrifício, mas são ainda mais necessários muitos cooperadores que, na retaguarda, rezem e ofereçam por sacerdotes santos”.

Caros amigos, peço-lhes de coração: sejam colaboradores que rezam e oferecem pela santificação dos sacerdotes do mundo inteiro! Estejam certos: vocês e suas famílias receberão em recompensa graças abundantes.

Abençoa-os com gratidão, o seu

Pe. Martin M. Barta
Assistente eclesiástico

Este é apenas o editorial do Boletim do mês.

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