Último pôr-do-sol de verão sobre Roma. Bispos, mulheres falando italiano e inglês, teólogos… saem do plenário do Sínodo, junto à Basílica de São Pedro. Bem perto dali, são Pedro tinha sido martirizado. As fisionomias irradiam alegria. Clima de festa. Muita esperança no futuro. Acabava de se concluir o “Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus”.

Este é apenas o editorial do Boletim de Janeiro de 2009.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

Alguns levam consigo o texto da mensagem final. Ele foi redigido pelo arcebispo Gianfranco Ravasi, biblista e escritor prendado. Nas suas linhas vibra uma profunda gratidão, porque o Deus infinito rompeu o silêncio e revelou a intimidade amorosa do seu mistério: porque Ele se fez “carne frágil e mortal”, em Maria de Nazaré.

O documento cita, laconicamente: “Em nenhum outro há salvação” (At 4,12). Lembra que só a pessoa de Cristo é o “rosto vivo da Palavra”; sem Ele toda a história humana vagueia sem sentido. Constata que um enorme “grito de dor sobe da terra para o céu”. Nesta mensagem ressoa também a pergunta de são Paulo: “A fé vem pela pregação e a pregação, pela palavra de Cristo… Como crerão naquele que não ouviram?” (cf. Rm 10,17.14).

O nosso fundador foi um dos maiores divulgadores da Boa Nova nos nossos tempos. Trinta anos atrás, o Padre Werenfried lançou um ambicioso programa de difusãoda Palavra de Deus. Eu fui testemunha dessa hora vivida em Puebla, no México, quando a nossa secretária-geral da época, Antonia Willemsen, apresentou a “Bíblia da Criança” aos bispos da América Latina. Agora, no Sínodo dos Bispos, o cardeal Puljic, da Bósnia-Herzegóvina, salientou que essa Bíblia é um precioso instrumento para a sua Pastoral da Família. Já são mais de 46 milhões de exemplares, em 157 idiomas, que alimentam o povo com o pão do Evangelho. Vocações sacerdotais e religiosas, bem como catequistas brotaram dessa fonte. Nos últimos recantos da imensa China, exemplares desse pequeno livro são guardados como um tesouro precioso. Na África, crianças aprendem nele a ler, com as palavras da mensagem de Jesus.

Não se apaga a sede pela Palavra de Deus. Novas traduções esperam impacientemente pela sua publicação. Em muitos lugares falta esse indispensável apoio para o anúncio. A atual crise econômica empobreceu quase todo mundo. Também nossas entradas estão diminuindo. Temos de recusar muitas encomendas da “Bíblia da Criança”. Quero pedir-lhes, como fez o Padre Werenfried nos tempos mais sombrios, a coragem de “doar até doer”. A crise pesa gravemente sobre a Igreja que sofre. Não queiramos apegar-nos ao dinheiro, quando se trata do futuro da humanidade. Chegou a hora da nossa generosidade heroica! Que o Deus vivo lhes retribua e os abençoe.

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