“A Nova Evangelização exige um empenho especial dos fiéis, o que significa sobretudo um movimento rumo àqueles que perderam a fé. Ser Igreja hoje é, portanto, oferecer um local de portas abertas, para que todos possam entrar e para que nós também possamos sair a anunciar o amor de Deus.” Papa Francisco, 15 de outubro de 2013

Este é apenas o editorial do Boletim de Agosto de 2014.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

“O verdadeiro sentido da vida cristã consiste no acolhimento do Espírito Santo.” Essas palavras do santo russo Serafim de Sarow conseguem definir com precisão aquilo que é o verdadeiro propósito da tão almejada Nova Evangelização. Com efeito, toda renovação da fé só pode brotar de um coração plenificado pelo Espírito Santo, ou seja, pelo verdadeiro amor.

As pessoas se esforçam por adquirir conhecimento, riqueza e poder; elas querem ser gente esclarecida e realizar o lema “liberdade, igualdade, fraternidade” como programa universal. A fé na razão humana e na ciência impregna o espírito da atualidade de tal forma que o homem acredita possuir em si mesmo a luz. Na realidade, o que ele possui são emoções, preconceitos passados pela mídia, ensinamentos falsos e ideologias que, vindos de fora, influenciam a nossa razão e o nosso coração. O Espírito Santo, o amor de Deus, ao contrário, fala do interior do nosso coração. Ele é a luz que ilumina a nossa razão para que possamos pensar de modo correto e julgar a realidade da vida a partir de Deus.

O Espírito clama em nós: “Abbá, Pai” e nos torna capazes de confessar que “Jesus é o Senhor” (cf. 1Cor 12,3). É esse o programa universal do Espírito Santo. E a Nova Evangelização consiste sobretudo nessa confissão pessoal.

O ser cristão não depende em primeira linha do “ser uma pessoa boa”, mas depende da fé no Deus verdadeiro e das verdades que Cristo nos revelou. Mas com que rapidez nos afastamos do verdadeiro espírito do amor e acomodamo-nos ao espírito do tempo! Por consideração para com o espírito do mundo muitas vezes somos titubeantes no anúncio da fé e dificilmente encontramos as palavras certas e o entusiasmo para defendermos o ensinamento da Igreja.

No sacramento da confirmação nos foi impresso o selo do Espírito Santo por meio da imposição das mãos e da unção com o crisma, para que, diante da avassaladora corrente da moda possamos demonstrar caráter. O Espírito Santo nos dá um “faro católico” para reconhecer o que é verdade e o que é mentira. Ele é a nossa força, capaz de fazer frente a todo o mal.

O mundo não será salvo pela ciência, pelo dinheiro ou pelo poderio político-militar, mas sim pelo Espírito. O Espírito Santo nos manifesta a mais íntima essência do Deus Trino, onde sóexiste amor e misericórdia. Ele faz tornar-se realidade o pedido “assim na terra como no Céu”. Imploremos, rezando a Maria, a fim de que em breve possa apresentar-se no mundo um novo Pentecostes. Ela, cheia de graça, nos aponta a partir do Céu, como “Estrela da Nova Evangelização”, o caminho do Espírito Santo, o caminho do amor, da verdade e da justiça.

 

Abençoa-os com gratidão, o seu

Pe. Martin M. Barta
Assistente eclesiástico

 

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