“Não tenho nenhum motivo para pensar que foi um atentado contra a Igreja”. Por telefone à ACN – Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, Dom Hilary Paul Odili Okeke, bispo de Nnewi, relata o trágico atentado que ocorreu na manhã de domingo, dia 06 de agosto, na sua diocese, mais precisamente no interior da igreja de São Felipe em Ozubulu, Nigéria.

Durante a missa das 6 da manhã, alguns homens armados atiraram para dentro da igreja católica. “Pessoas morreram no interior do templo, outras faleceram no hospital ou no trajeto da ambulância. São, até agora, 13 mortos e 26 feridos”, informou o padre para a ACN.

De acordo com Dom Okele, a tragédia tem relação com questões locais e não deve ser interpretada como um ato terrorista. “Não tenho nenhum motivo para pensar que por trás desse atentado esteja o Boko Haram ou qualquer outro grupo. Não acredito que tenha sido um ataque contra à Igreja”.

Ontem, dia 7 de agosto, o bispo visitou os feridos e as famílias das vítimas em dois hospitais. “Estive com cada uma delas e busquei consolá-las. Disse a todosos meus fiéis que continuem confiando em Deus. Infelizmente estes acontecimentos podem ocorrer a qualquer um, a qualquer momento. Nós só podemos pôr tudo nas mãos de Deus e seguir a Sua vontade”.

Sem dúvida, o atentado na igreja alarmou a comunidade local. No sul da Nigéria, que é majoritariamente cristão, não foram registrados atentados desse tipo. “Existe uma grande preocupação, mesmo assim muitas pessoas participaram da Missa que celebrei ontem (7 de agosto) na Igreja de São Felipe”.

Um pouco antes do início da celebração, chegou um telegrama de condolências do Papa Francisco. “Foi uma surpresa, não esperava receber uma mensagem do Santo Padre. Imediatamente, o li para meus fiéis, que ficaram profundamente impressionados pela proximidade do Pontífice, que nos consolou em um momento tão trágico”.

Agora Dom Okele está organizando auxílio para os feridos e para as famílias das vítimas que acabaram morrendo, para os quais pede ajuda a todos os cristãos do mundo. “Antes de tudo, pedimos aos nossos irmãos na fé que rezem por nós, pelas vítimas e também pelos que praticaram este mal. Esta é a primeira coisa que pedimos: oração, oração e oração”.

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