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Arcebispo fala das dificuldades na Nigéria

26 de maio de 2023

Um arcebispo católico que precisa de cães de guarda em casa e de uma escolta armada quando viaja, fala das dificuldades de realizar sua missão em sua diocese.

O arcebispo Matthew Ndagoso de Kaduna, no centro-norte da Nigéria, lidera uma das dioceses mais perigosas do mundo. No entanto, você não adivinharia isso olhando seu sorriso e alegria quando fala para a ACN. A Nigéria, em si, está longe de ser pacífica. Está localizada no meio da região do Sahel, onde tem havido muitas vítimas de grupos terroristas islâmicos e pastores armados da tribo Fulani.

Em um contexto como esse, a evangelização se torna uma empreitada de alto risco. Oito padres da diocese foram sequestrados nos últimos três anos: quatro foram libertados, um ainda está desaparecido e três foram mortos por seus captores. De acordo com o arcebispo, um desses três mostrou tremenda coragem: “Enquanto apontavam uma AK47 para ele, ele disse a seus agressores que eles deveriam se arrepender de sua maldade, então eles o mataram”.

Escolta armada para padres

Apesar do perigo, Monsenhor Ndagoso continua com sua missão. “Eu tenho cinco cachorros, para que eu possa dormir tranquilamente à noite”, explica ele. Ele só viaja com uma escolta armada, para lugares cuidadosamente protegidos, porque um bispo seria uma presa muito tentadora para bandidos. “Frequentemente passamos por veículos na estrada que foram atacados, e isso é um lembrete de que isso poderia acontecer conosco a qualquer momento”, conta à ACN.

A insegurança se tornou parte da vida cotidiana dos nigerianos, a ponto de os padres terem que ponderar cada movimento para considerar se vale a pena correr o risco. Enfim isso se tornou uma preocupação importante. “A fé não cai do céu. Ela precisa de ministros, mas sabemos que corremos riscos sempre que enviamos alguém a algum lugar. Estamos voltando aos primeiros dias da Igreja”, diz o arcebispo Ndagoso.

Arcebispo diz que a religião deve unir

A religião é uma questão crucial na Nigéria, que é dividida aproximadamente igualmente entre cristãos e muçulmanos. Então, aqueles que desejam espalhar conflito no país – especialmente grupos islâmicos como o Boko Haram e a Província do Estado Islâmico na África Ocidental – constantemente tentam enfrentar os grupos religiosos uns contra os outros, lamenta o arcebispo. Ele acrescenta: “A religião deveria nos unir, não nos dividir”.

A vida do arcebispo Ndagoso demonstra como diferentes grupos religiosos podem conviver na sociedade nigeriana. Nascido filho de um líder de uma religião tradicional, ele foi enviado por um primo para estudar em uma escola católica e pediu para ser batizado aos dez anos. “Aqui na África subsaariana, a religião está no nosso sangue. Temos uma cultura religiosa! Isso me foi transmitido pelo meu pai, e sou grato a ele. Meu pai nunca me censurou por minha escolha, ele ficou feliz por eu ter me convertido… Embora ele preferisse que eu me casasse!”, acrescenta, rindo.

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Um arcebispo católico que precisa de cães de guarda em casa e de uma escolta armada quando viaja, fala das dificuldades de realizar sua missão em sua diocese.

O arcebispo Matthew Ndagoso de Kaduna, no centro-norte da Nigéria, lidera uma das dioceses mais perigosas do mundo. No entanto, você não adivinharia isso olhando seu sorriso e alegria quando fala para a ACN. A Nigéria, em si, está longe de ser pacífica. Está localizada no meio da região do Sahel, onde tem havido muitas vítimas de grupos terroristas islâmicos e pastores armados da tribo Fulani.

Em um contexto como esse, a evangelização se torna uma empreitada de alto risco. Oito padres da diocese foram sequestrados nos últimos três anos: quatro foram libertados, um ainda está desaparecido e três foram mortos por seus captores. De acordo com o arcebispo, um desses três mostrou tremenda coragem: “Enquanto apontavam uma AK47 para ele, ele disse a seus agressores que eles deveriam se arrepender de sua maldade, então eles o mataram”.

Escolta armada para padres

Apesar do perigo, Monsenhor Ndagoso continua com sua missão. “Eu tenho cinco cachorros, para que eu possa dormir tranquilamente à noite”, explica ele. Ele só viaja com uma escolta armada, para lugares cuidadosamente protegidos, porque um bispo seria uma presa muito tentadora para bandidos. “Frequentemente passamos por veículos na estrada que foram atacados, e isso é um lembrete de que isso poderia acontecer conosco a qualquer momento”, conta à ACN.

A insegurança se tornou parte da vida cotidiana dos nigerianos, a ponto de os padres terem que ponderar cada movimento para considerar se vale a pena correr o risco. Enfim isso se tornou uma preocupação importante. “A fé não cai do céu. Ela precisa de ministros, mas sabemos que corremos riscos sempre que enviamos alguém a algum lugar. Estamos voltando aos primeiros dias da Igreja”, diz o arcebispo Ndagoso.

Arcebispo diz que a religião deve unir

A religião é uma questão crucial na Nigéria, que é dividida aproximadamente igualmente entre cristãos e muçulmanos. Então, aqueles que desejam espalhar conflito no país – especialmente grupos islâmicos como o Boko Haram e a Província do Estado Islâmico na África Ocidental – constantemente tentam enfrentar os grupos religiosos uns contra os outros, lamenta o arcebispo. Ele acrescenta: “A religião deveria nos unir, não nos dividir”.

A vida do arcebispo Ndagoso demonstra como diferentes grupos religiosos podem conviver na sociedade nigeriana. Nascido filho de um líder de uma religião tradicional, ele foi enviado por um primo para estudar em uma escola católica e pediu para ser batizado aos dez anos. “Aqui na África subsaariana, a religião está no nosso sangue. Temos uma cultura religiosa! Isso me foi transmitido pelo meu pai, e sou grato a ele. Meu pai nunca me censurou por minha escolha, ele ficou feliz por eu ter me convertido… Embora ele preferisse que eu me casasse!”, acrescenta, rindo.

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