Com o coração cheio de fé e de esperança, nos aproximamos mais uma vez do tempo de Natal, celebrando a Encarnação do Filho de Deus. É verdade que a Encarnação aconteceu na “plenitude dos tempos”, mas ela procura continuamente se realizar de novo em nossas vidas, trazendo frutos especiais de salvação neste fim do Ano Jubilar.
Em toda parte, podemos sentir uma profunda busca por soluções e por redenção. A abundância de informações, as tensões políticas e sociais, a situação global em crise e a paz ameaçada – tudo isso abala o nosso coração.
Na ACN, vemos esta realidade de perto. Os dramas trazidos à nossa atenção por tantos projetos que pudemos ajudar despertam nossa compaixão. Os encontros muitas vezes deixam marcas. Vemos corações feridos que anseiam pela chegada Daquele que pode superar a culpa e curar (cf. 1Pd 2,24). A resposta de Deus é o Natal: Ele se faz homem para nos salvar! O Infinito, o Todo-Poderoso, o Amor que todos anseiam, Ele vem até nós! Ele quer entrar em nosso dia a dia para curar nossas feridas. Ele quer nos conduzir à verdade (cf. Jo 16,13) e revelar o plano eterno de salvação que o Pai preparou, para que nossa vida seja boa e plena.
Para todos os que acolhem esta mensagem, saibam que verdadeiramente ela transforma tudo, nos alegra e faz bem! É uma mensagem que entra em nossas vidas sobretudo pela fé, mas que se provou confiável ao longo da história. Afinal, como poderíamos crer e ter esperança se Deus não tivesse se rebaixado às nossas limitações? “Ele, existindo em forma divina, não considerou um privilégio ser igual a Deus, mas esvaziou-se, assumindo a forma de servo e tornando-se semelhante ao ser humano” (Fl 2,6-7).
O Natal inverte todos os padrões. Não o poder e o esplendor do alto, mas a humildade e a proximidade “de baixo” são o caminho que Deus escolheu para vir ao nosso coração: uma criança na manjedoura, estendendo-nos suas mãos. Nesse espírito nós desejamos a cada um dos nossos benfeitores um Natal feliz e ricamente abençoado.
Pe. Anton Lässer
Assistente Eclesiástico Internacional
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