Com a graça de Deus, estamos chegando às portas do encerramento de mais um ano, tempo de colher e meditar sobre as realizações que marcaram nossa jornada.
Como membros da Igreja, pudemos acolher e celebrar um novo tempo em nossas comunidades, especialmente sob a luz deste Ano Jubilar, que chamamos de “Ano da Esperança”.
Em meio a celebrações e encontros, uma verdade ressoou forte em nossos corações: Cristo é, verdadeiramente, a nossa Esperança. Ele jamais nos decepciona ou nos desampara. Pudemos reafirmar a fé n’Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, crescendo na certeza do Seu amor.
No entanto, a alegria da fé convive com a amargura da realidade. Continuamos a ser atormentados pelas guerras absurdas e injustificáveis que ceifam vidas humanas em tantos cantos do mundo. As preces, os jejuns e os apelos não cessaram, pois tais situações são uma vergonha para a humanidade.
O coração humano se fecha quando semeia a discórdia, a indiferença e o ódio. Os mesquinhos interesses não deixam florescer os frutos da paz. Pelo contrário, fortalecem a indústria da guerra, alicerçada na ganância e na sede desenfreada por lucro e poder, em detrimento de vidas, especialmente dos mais pobres e vulneráveis. Sentimo-nos, por vezes, impotentes diante de tal força destrutiva, quase tentados a crer que nossos múltiplos esforços são pequenos demais.
É neste ponto de desolação que somos chamados a fixar o nosso olhar e o nosso agir em Cristo. Ele não nos abandona na incerteza e nos reconduz ao caminho da fé, da esperança e do Seu Amor. Tal como fez com os discípulos de Emaús, Ele entra em nossa estrada, permeada de desânimo, para nos reorientar e corrigir nossa falta de fé.
Sigamos em frente! Que, ao abrirmos este penúltimo mês do ano, homenageando todos os Santos, possamos recordar das palavras de Santa Teresinha, que se faz hoje um doce remédio contra todo e qualquer desespero: “Minha vida não é senão um instante, uma hora passageira. Minha vida não é senão um único dia que me escapa e foge. Tu sabes, ó meu Deus, para te amar sobre a terra não tenho senão o dia de hoje.”
Que vivamos o dia de hoje na Esperança que é Cristo.
Frei Rogério Lima
Assistente Eclesiástico Nacional
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