Quando a ACN iniciou sua história há 70 anos, no Natal de 1947, Padre Werenfried, fundador da Obra, mendigava recursos para ajudar as vítimas da Segunda Guerra Mundial. Sua atitude transformou sentimentos de ódio e vingança em caridade.

O ingrediente que o Padre Werenfried usou para fazer tal transformação foi o mesmo que Jesus utilizou para transformar água em vinho no milagre das Bodas de Caná: o amor de Deus que faz nova todas as coisas. Desde o início dos recentes e terríveis conflitos no Oriente Médio em 2011, a ACN tem trabalhado com afinco para mudar a realidade dos cristãos perseguidos, mesmo indo contra os argumentos de que pouco se poderia fazer por lá. A opção da ACN foi ajudar os cristãos a permanecerem em suas terras e reconstruírem suas vidas. Sem a presença cristã no Oriente Médio, não só acultura da região empobreceria, mas a violência teria um aumento significativo: os cristãos são o tecido que unem diferentes crenças religiosas, são eles que historicamente conseguem dialogar com as diversas comunidades islâmicas e ajudam a buscar a paz.

Há três anos, a comunidade cristã da Planície de Nínive foi expulsa de suas casas diante da invasão dos extremistas do grupo autodenominado Estado Islâmico. Desde então, a ACN intensificou suas atividades na região, usando seus três pilares: informação (à convite da ACN, sacerdotes e religiosas que vivem nessas regiões, visitam vários países – entre eles o Brasil – para darem seu testemunho na grande mídia, tornando conhecido o drama dos cristãos perseguidos); oração (desde 2015 a ACN promove o Dia Internacional deOração pelos Cristãos Perseguidos gerando uma grande corrente de oração); e ação (a ACN está realizando um de seus mais ousados projetos, a reconstrução aPlanície de Nínive, uma iniciativa batizada como Retorno às Raízes – “Back to the Roots”).

Com a recente libertação da Planície de Nínive, as famílias cristãs querem retornar de Erbil, no Iraque, onde estavam refugiados, para as suas casas destruídas pela guerra. A ACN, em resposta ao desejo expressado pelas famílias, apoia a primeira fase da reconstrução de casas danificadas ou destruídas, além de continuar auxiliando mais de 95 mil refugiados internos. Porém, em vista da tarefa gigantesca que há pela frente, a ACN convocou uma conferência realizada no Vaticano para chamar a comunidade internacional a unir forças para apoiar a contínua presença cristã no Iraque e assim garantir a pluralidade da sociedade iraquiana. A conferência reuniu representantes do Vaticano, incluindo o Secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin, e da comunidade cristã iraquiana.

O patriarca caldeu, Louis Raphael I Sako, denunciou o “genocídio” dos cristãos no Iraque, cujo número diminuiu nos últimos anos de 1,5 milhão de pessoas para menos de 500 mil: “A verdadeira razão por trás dessa discriminação é o ódio dos perseguidores radicais para os cristãos, que os levou a limpar nossa herança, destruir nossas casas e até nos remover da memória da história iraquiana”.

O Núncio Apostólico no Iraque e Arcebispo da Jordânia, Alberto Ortega Martins, evidenciou, por fim, o papel que os cristãos podem desempenhar no processo de reconciliação, tendo eles sempre representado uma ponte entre as diversas comunidades muçulmanas: “A Igreja, com os meios limitados de que dispõe, está dando uma contribuição de ajuda extraordinária”. É um retorno às raízes para os cristãos do Iraque e também para a ACN, que mais uma vez é chamada a levar a esperança àqueles que tiveram suas vidas destruídas pela guerra. Você é parte fundamental desse projeto, pois sua caridade é o que permite devolver a alegria que foi roubada pelo ódio.

Você pode rezar, se tornar um benfeitor ou, se preferir, realizar uma doação espontânea a qualquer momento também para este projeto.

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