Principais Conclusões do Relatório de Liberdade Religiosa no mundo (ed. 2023)
No contexto de um clima global tenso, afetado pelas consequências da pandemia de Covid-19, pelas consequências da guerra na Ucrânia, pelas preocupações militares e econômicas em torno do Mar da China Meridional e pelo rápido aumento do custo de vida no âmbito mundial, a liberdade religiosa foi violada em países onde vivem mais de 4,9 bilhões de pessoas. Consideramos 61 países onde os cidadãos enfrentaram graves violações da liberdade religiosa.
A categoria vermelha, que denota a existência de perseguição, inclui 28 países em que vivem 4,03 bilhões de pessoas que, no seu conjunto, constituem mais de metade (51,6%) da população mundial. Destes 28 países, 13 situam-se na África, onde em muitas regiões a situação se deteriorou fortemente.
A categoria laranja, que denota a existência de discriminação, inclui 33 países, onde vivem quase 853 milhões de pessoas. A situação piorou em 13 destes países.
A classificação “em observação” inclui países onde foram observados fatores de preocupação emergentes que têm o potencial de causar uma ruptura fundamental na liberdade religiosa. Os mapas da Análise Regional identificam esses países com o símbolo de uma lupa.
Em todas as classificações, podem ocorrer crimes de ódio e crimes de atrocidade. Esses incidentes são a manifestação da violação da liberdade religiosa. Os países restantes não foram classificados, mas isso não significa necessariamente que tudo seja perfeito em termos de liberdade religiosa. Durante o período em análise, a perseguição intensa se tornou mais aguda e concentrada, e a impunidade aumentou. Essa perseguição incluiu violações extremas do artigo 18º da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, o direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.