versão para impressão

Os cristãos do Iraque enfrentam “um verdadeiro genocídio”

9 de agosto de 2014

Após a queda da maior cidade cristã do Iraque (entre 6 e 7 de agosto) o líder da maior comunidade católica do Iraque fez um apelo emocionado para a comunidade internacional.

Em uma carta aberta, o Patriarca Louis Raphael Sako descreveu a crise humanitária que se seguiu à tomada do Qaraqosh pelo grupo jihadista EI (Estado Islâmico) depois que os soldados curdos se retiraram.

O Patriarca Sako disse: “Os cristãos, cerca de cem mil, aterrorizados e em pânico fugiram de suas aldeias e casas sem nada, somente com as roupas do corpo.”

Descrevendo o evento como “um êxodo, uma verdadeira via crucis”, ele acrescentou: “Os cristãos estão andando a pé no calor do verão escaldante do Iraque para as cidades curdas de Erbil, Duhok e Soulaymiyia, os doentes, os idosos, crianças e mulheres grávidas estão entre eles.

“Eles estão enfrentando uma catástrofe humana e com risco de se tornar um verdadeiro genocídio. Eles precisam de água, comida, abrigo… “, O Patriarca Sako pediu à comunidade internacional para intervir na crise atual – como ele acusou o governo iraquiano de ser incapaz de restaurar a segurança nas Planícies de Nínive.

Ele disse: “Apelamos com tristeza e dor à consciência de todos, todos os homens de boa vontade e às Nações Unidas e à União Europeia, para salvar essas pessoas inocentes da morte. Esperamos que não seja tarde demais!”

Não só o chefe da Igreja Católica Caldeia declarou que “o Governo Central é incapaz de fazer cumprir a lei e a ordem nesta parte do país”, mas manifestou “dúvidas sobre a capacidade da região do Curdistão sozinha defender o avanço feroz dos jihadistas”, descrevendo a falta de cooperação entre o governo central e da autoridade curda regional.

O Patriarca Sako também disse que “o apoio internacional e um exército profissional, bem equipado” foram fundamentais para a proteção dos cidadãos contra ataque do EI (ISIS, em inglês).

O Papa Francisco fez ecoar o apelo do patriarca à comunidade internacional para ajudar os refugiados cristãos iraquianos. Um comunicado divulgado pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, dizia: “Sua Santidade lança um apelo urgente à comunidade internacional para proteger todas as pessoas afetadas ou ameaçadas pela violência, e garantir toda a assistência necessária – especialmente a ajuda mais urgente – para a grande multidão de pessoas que foram expulsas de suas casas, cuja sorte depende inteiramente da solidariedade dos outros”.

Ajuda à Igreja que Sofre doou 100.000 euros em ajuda de emergência para ajudar as famílias deslocadas das planícies de Nínive.

versão para impressão

Após a queda da maior cidade cristã do Iraque (entre 6 e 7 de agosto) o líder da maior comunidade católica do Iraque fez um apelo emocionado para a comunidade internacional.

Em uma carta aberta, o Patriarca Louis Raphael Sako descreveu a crise humanitária que se seguiu à tomada do Qaraqosh pelo grupo jihadista EI (Estado Islâmico) depois que os soldados curdos se retiraram.

O Patriarca Sako disse: “Os cristãos, cerca de cem mil, aterrorizados e em pânico fugiram de suas aldeias e casas sem nada, somente com as roupas do corpo.”

Descrevendo o evento como “um êxodo, uma verdadeira via crucis”, ele acrescentou: “Os cristãos estão andando a pé no calor do verão escaldante do Iraque para as cidades curdas de Erbil, Duhok e Soulaymiyia, os doentes, os idosos, crianças e mulheres grávidas estão entre eles.

“Eles estão enfrentando uma catástrofe humana e com risco de se tornar um verdadeiro genocídio. Eles precisam de água, comida, abrigo… “, O Patriarca Sako pediu à comunidade internacional para intervir na crise atual – como ele acusou o governo iraquiano de ser incapaz de restaurar a segurança nas Planícies de Nínive.

Ele disse: “Apelamos com tristeza e dor à consciência de todos, todos os homens de boa vontade e às Nações Unidas e à União Europeia, para salvar essas pessoas inocentes da morte. Esperamos que não seja tarde demais!”

Não só o chefe da Igreja Católica Caldeia declarou que “o Governo Central é incapaz de fazer cumprir a lei e a ordem nesta parte do país”, mas manifestou “dúvidas sobre a capacidade da região do Curdistão sozinha defender o avanço feroz dos jihadistas”, descrevendo a falta de cooperação entre o governo central e da autoridade curda regional.

O Patriarca Sako também disse que “o apoio internacional e um exército profissional, bem equipado” foram fundamentais para a proteção dos cidadãos contra ataque do EI (ISIS, em inglês).

O Papa Francisco fez ecoar o apelo do patriarca à comunidade internacional para ajudar os refugiados cristãos iraquianos. Um comunicado divulgado pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, dizia: “Sua Santidade lança um apelo urgente à comunidade internacional para proteger todas as pessoas afetadas ou ameaçadas pela violência, e garantir toda a assistência necessária – especialmente a ajuda mais urgente – para a grande multidão de pessoas que foram expulsas de suas casas, cuja sorte depende inteiramente da solidariedade dos outros”.

Ajuda à Igreja que Sofre doou 100.000 euros em ajuda de emergência para ajudar as famílias deslocadas das planícies de Nínive.

Um comentário

  1. Rafael Bergamo 13 de agosto de 2014 at 12:31 - Responder

    Infelizmente a maioria das pessoas estão alheias a essa situação, inclusive acredito que a igreja deveria chamar mais a atenção, com movimentação, passeatas, coleta específica de ajuda. Pela gravidade da situação deveriamos mobilizar toda a igreja e não simples palavras na Missa.

Deixe um comentário