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Governo da Eritreia fecha hospitais administrados pela Igreja Católica

24 de junho de 2019

Governo da Eritreia fecha hospitais administrados pela Igreja Católica e deixa 170 mil pessoas sem atendimento. Soldados do governo confiscaram os 21 centros de atendimento médico administrados pela Igreja Católica. Da mesma forma eles forçaram os pacientes a levantar de suas camas e deixarem as clínicas, que atendiam anualmente cerca de 170 mil pessoas.

Governo da Eritreia fecha hospitais

Milhares de doentes em toda a Eritreia foram privados de cuidados médicos vitais depois do governo ter interditado três hospitais. Também dois centros de saúde e 16 clínicas foram fechados na última semana. As informações chegaram por meio de uma fonte da Igreja Católica local. A fonte informou à Fundação Pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) sobre o ocorrido. Segundo ela, as pessoas correm risco de morte caso os serviços não sejam retomados rapidamente. Muitos pacientes expulsos tiveram de percorrer até 25 quilômetros para acessar outra clínica.

O fechamento levou os quatro bispos da Eritreia a condenarem a ação. Eles o fizeram por meio de uma carta enviada ao ministro da Saúde da Eritreia, Amna Nurhusein. A carta enfatiza que o programa de confisco – que fechou todas as instalações do serviço de saúde da Igreja Católica, alguns deles com mais de 70 anos de atividade – é “profundamente injusta”.

Perseguição Religiosa

A carta declara: “Privar a Igreja de cuidar dessas instituições é minar sua própria existência e expor seus trabalhadores à perseguição religiosa. Declaramos que não entregaremos nossas instituições e equipamentos de livre e espontânea vontade”. A declaração confirma o que uma outra fonte local disse: “A equipe de algumas das clínicas se recusou a entregar as chaves para que os soldados invadissem as mesmas”.

O contato da ACN acrescentou: “Nossa mensagem ao governo é simples: deixe-nos em paz. É dever da Igreja cuidar dos doentes, dos pobres e moribundos. Isto é, ninguém, nem mesmo o governo, pode dizer à Igreja para não fazer o seu trabalho. Nossas instalações médicas estavam seguindo fielmente as diretrizes do ministério da saúde. Na maioria das vezes, os supervisores do ministério apreciavam muito o trabalho realizado”.

“A Igreja não está competindo com o governo”

A fonte católica disse que o governo da Eritreia fecha os hospitais porque quer ser o único provedor de assistência médica. Mas, que a maioria das pessoas preferia institutos administrados pela Igreja. Com efeito, os serviços estatais geralmente têm equipamentos precários e falta de pessoal, e muitos procuram asilo no exterior. “Ao fornecer esses serviços, a Igreja não está competindo com o governo. Mas, está simplesmente complementando e auxiliando o que o governo faz”.

Não está claro se o regime pretende reabrir os institutos mais tarde. O contato da ACN disse que os centros de saúde católicos confiscados pelo governo há dois anos continuam fechados até hoje. Ele apelou à comunidade internacional, incluindo o governo do Reino Unido, para pedir ao governo do presidente Isaías Afewerki que procure o caminho da reconciliação.

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Governo da Eritreia fecha hospitais administrados pela Igreja Católica e deixa 170 mil pessoas sem atendimento. Soldados do governo confiscaram os 21 centros de atendimento médico administrados pela Igreja Católica. Da mesma forma eles forçaram os pacientes a levantar de suas camas e deixarem as clínicas, que atendiam anualmente cerca de 170 mil pessoas.

Governo da Eritreia fecha hospitais

Milhares de doentes em toda a Eritreia foram privados de cuidados médicos vitais depois do governo ter interditado três hospitais. Também dois centros de saúde e 16 clínicas foram fechados na última semana. As informações chegaram por meio de uma fonte da Igreja Católica local. A fonte informou à Fundação Pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) sobre o ocorrido. Segundo ela, as pessoas correm risco de morte caso os serviços não sejam retomados rapidamente. Muitos pacientes expulsos tiveram de percorrer até 25 quilômetros para acessar outra clínica.

O fechamento levou os quatro bispos da Eritreia a condenarem a ação. Eles o fizeram por meio de uma carta enviada ao ministro da Saúde da Eritreia, Amna Nurhusein. A carta enfatiza que o programa de confisco – que fechou todas as instalações do serviço de saúde da Igreja Católica, alguns deles com mais de 70 anos de atividade – é “profundamente injusta”.

Perseguição Religiosa

A carta declara: “Privar a Igreja de cuidar dessas instituições é minar sua própria existência e expor seus trabalhadores à perseguição religiosa. Declaramos que não entregaremos nossas instituições e equipamentos de livre e espontânea vontade”. A declaração confirma o que uma outra fonte local disse: “A equipe de algumas das clínicas se recusou a entregar as chaves para que os soldados invadissem as mesmas”.

O contato da ACN acrescentou: “Nossa mensagem ao governo é simples: deixe-nos em paz. É dever da Igreja cuidar dos doentes, dos pobres e moribundos. Isto é, ninguém, nem mesmo o governo, pode dizer à Igreja para não fazer o seu trabalho. Nossas instalações médicas estavam seguindo fielmente as diretrizes do ministério da saúde. Na maioria das vezes, os supervisores do ministério apreciavam muito o trabalho realizado”.

“A Igreja não está competindo com o governo”

A fonte católica disse que o governo da Eritreia fecha os hospitais porque quer ser o único provedor de assistência médica. Mas, que a maioria das pessoas preferia institutos administrados pela Igreja. Com efeito, os serviços estatais geralmente têm equipamentos precários e falta de pessoal, e muitos procuram asilo no exterior. “Ao fornecer esses serviços, a Igreja não está competindo com o governo. Mas, está simplesmente complementando e auxiliando o que o governo faz”.

Não está claro se o regime pretende reabrir os institutos mais tarde. O contato da ACN disse que os centros de saúde católicos confiscados pelo governo há dois anos continuam fechados até hoje. Ele apelou à comunidade internacional, incluindo o governo do Reino Unido, para pedir ao governo do presidente Isaías Afewerki que procure o caminho da reconciliação.

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