Dom Wilfredo Pino Estevez, arcebispo de Camaguey, relata sua visita às regiões mais afetadas de sua arquidiocese em mensagem enviada à ACN – Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

De acordo com o conselho de defesa municipal, o furacão Irma passou destruindo a cidade de Esmeralda, na província leste de Camaguey, com ventos de mais de 250 km/h na sexta, 8 de setembro, e no sábado. Mais de 7 mil pessoas tiveram que sair da região.

“Muita destruição na cidade de Esmeralda, mas também em Jaronú, onde uma igreja que havido sido reformada recentemente estava destruída” verificou o arcebispo. Da mesma forma, em Jiquí, uma capela desmoronou. “Em seguida chegamos em Esmeralda e celebramos a Santa Missa com as poucas pessoas que puderem participar. Também vimos ali casas atingidas: destruídas total ou parcialmente, sem tetos… Algumas pessoas ainda estavam bem assustadas. ‘Que noite longa!’ foi a expressão que mais se falava entre o povo”.

“A capela foi destruída, mas a Igreja não”

Dom Wilfredo conta em sua mensagem que ao chegar em Jiquí “foi doloroso ver a igreja derrubada no chão, com os bancos destruídos e as imagens quebradas”. Ali, apesar da chuva, ele encontrou Ismaela e Alberto, um casal da comunidade. As primeiras palavras de Ismaela comoveram o prelado: “Monsenhor, a capela foi destruída, mas a Igreja não”.

Dom Wilfredo fala também do trabalho da Igreja nos diferentes municípios e paróquias afetadas. Nas ligações que fez para alguns padres e religiosas, era comum escutar a mesma coisa: “Nós estamos bem. Estamos nas ruas levando comida a quem perdeu tudo e auxiliando no que mais precisar”.

Finalmente o arcebispo conclui lembrando que no dia 8 de setembro, festa da padroeira de Cuba, “não se pôde realizar as procissões da Virgem da Caridade, mas agora, como em outras circunstâncias, nosso bom Deus tem nos convidado a fazer ‘procissões de amor’ como essas que acabo de contar. Tenho certeza que amanhã, quando os padres vierem para a casa episcopal, me contarão sobre novas ‘procissões’ desse tipo.”

Ulrich Kny, chefe do departamento de projetos da ACN também para Cuba, acredita que entre as prioridades de ajuda neste momento está a reconstrução das igrejas destruídas em Jaronú e Jiquí. A ACN está avaliando também o envio de ajuda de emergência “para que a Igreja tenha condições de ser instrumento da misericórdia de Deus para diminuir os danos causados pela atividade do furacão que passou sem misericórdia também pelas dioceses de Ciego de Ávila, Santa Clara, Matanzas e La Habana, onde informaram 10 mortes”.

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Um comentário

  1. antonio carlos 21 de setembro de 2017 at 16:41 - Responder

    apesar do sofrimento, eles se reerguerão. e a ACN é impirtante nesse passo.

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