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A ACN apresenta o mais recente relatório sobre a liberdade religiosa no mundo

26 de novembro de 2018

O relatório “Liberdade Religiosa no Mundo”, elaborado pela Fundação Pontifícia ACN, foi oficialmente lançado no dia 22 de novembro. O lançamento ocorreu na cidade de São Paulo, e em outras como Roma, Paris, Santiago, Nova York e Madri.

O relatório analisa 196 países do mundo, examinando o grau do direito básico à liberdade religiosa, respeitado pelas principais religiões do mundo; conforme definição do Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

Graves violações à liberdade religiosa foram encontradas em 38 países. E em 17 destes, prevalece a discriminação com base na fé; enquanto no restante dos 21 países, há perseguição das minorias religiosas e, em alguns casos, até assassinatos.

A deterioração da liberdade religiosa

Como o Relatório revela, do ponto de vista da liberdade religiosa, em alguns dos países mais carentes a situação se deteriorou nos últimos dois anos. Afinal, o respeito pela liberdade religiosa se agravou no âmbito global.

O lançamento do Relatório de Liberdade Religiosa ocorreu em São Paulo. Além de contar com a presença do Cardeal Odilo Scherer, da Iyalorixá Carmen de Oxum e do Professor Edin Sued Abumanssur (Doutor em Ciências Sociais e integrante do Departamento de Ciências da Religião da PUC de São Paulo).

Liberdade religiosa no Brasil

“Os números apresentados são de fato são impressionantes. Estamos em um país onde a intolerância religiosa não se apresenta como uma situação grave, mas onde se constata que ela existe sim e é bom que se tome consciência disso e se comece também a criar uma cultura contrária à intolerância religiosa para que não venha a se aprofundar esse problema que é claramente contrário aos direitos humanos e o direito à liberdade religiosa”, ressaltou Dom Odilo.

A Mãe Carmen de Oxum, representando as religiões afro-brasileiras (que o relatório aponta como a comunidade religiosa que mais sofre ataques no Brasil), disse: “é muito triste ver uma criança levar uma pedrada porque ela está vestida de acordo com a sua religião. Ninguém quer ser tolerado, nós queremos apenas ser respeitados. Ou seja, conviver numa cultura de paz e de liberdade de crença.”

O Professor Edis Sued acredita que a liberdade religiosa “é uma das questões prementes vivenciadas hoje no mundo”.  Da mesma forma, lembrou da importância do estado laico como garantia de liberdade religiosa; e não como indiferente à religião. “Quando falamos em estado laico, precisamos matizar um pouco o que chamamos de estado laico. O estado laico foi pensado justamente para garantir o direito das pessoas professarem a sua fé”, disse ele.

Segundo o relatório, em alguns países da África, a liberdade religiosa é ameaçada pelo avanço do islamismo jihadista. Entretanto, em países como a Índia, por exemplo, há uma preocupação real com o crescimento do “ultranacionalismo” hindu; que, por sua vez, resultou em um declínio acentuado na liberdade religiosa neste país nos últimos dois anos.

Os sinais positivos

O relatório, no entanto, aponta também sinais positivos. A liberdade religiosa obteve melhora tanto na Síria quanto no Iraque; pois após a derrota militar do grupo Estado Islâmico (EI), minorias religiosas começaram a voltar para suas antigas casas. Sobretudo no caso dos cristãos das cidades e aldeias da Planície de Nínive, no Iraque.

Com base nas informações reunidas neste relatório, estima-se que cerca de 327 milhões de cristãos vivam em países onde enfrentam perseguição religiosa, além dos 178 milhões em países em que a discriminação existe por motivos religiosos. Como resultado: um em cada cinco cristãos no mundo, vive em países onde há perseguição ou discriminação religiosa.

O Cardeal Odilo Scherer concluiu sua exposição lembrando que a falta de liberdade religiosa “é uma questão grave para o nosso tempo; pois ao completarmos 70 anos da declaração dos direitos humanos, significa estarmos ainda lutando pela afirmação de um direito fundamental”. Por fim, desejou “que esse relatório possa ajudar a formar a opinião pública em nosso país”.

O Relatório de Liberdade Religiosa da ACN está disponível no seguinte link:

acn.org.br/relatorio-liberdade-religiosa

 

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O relatório “Liberdade Religiosa no Mundo”, elaborado pela Fundação Pontifícia ACN, foi oficialmente lançado no dia 22 de novembro. O lançamento ocorreu na cidade de São Paulo, e em outras como Roma, Paris, Santiago, Nova York e Madri.

O relatório analisa 196 países do mundo, examinando o grau do direito básico à liberdade religiosa, respeitado pelas principais religiões do mundo; conforme definição do Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

Graves violações à liberdade religiosa foram encontradas em 38 países. E em 17 destes, prevalece a discriminação com base na fé; enquanto no restante dos 21 países, há perseguição das minorias religiosas e, em alguns casos, até assassinatos.

A deterioração da liberdade religiosa

Como o Relatório revela, do ponto de vista da liberdade religiosa, em alguns dos países mais carentes a situação se deteriorou nos últimos dois anos. Afinal, o respeito pela liberdade religiosa se agravou no âmbito global.

O lançamento do Relatório de Liberdade Religiosa ocorreu em São Paulo. Além de contar com a presença do Cardeal Odilo Scherer, da Iyalorixá Carmen de Oxum e do Professor Edin Sued Abumanssur (Doutor em Ciências Sociais e integrante do Departamento de Ciências da Religião da PUC de São Paulo).

Liberdade religiosa no Brasil

“Os números apresentados são de fato são impressionantes. Estamos em um país onde a intolerância religiosa não se apresenta como uma situação grave, mas onde se constata que ela existe sim e é bom que se tome consciência disso e se comece também a criar uma cultura contrária à intolerância religiosa para que não venha a se aprofundar esse problema que é claramente contrário aos direitos humanos e o direito à liberdade religiosa”, ressaltou Dom Odilo.

A Mãe Carmen de Oxum, representando as religiões afro-brasileiras (que o relatório aponta como a comunidade religiosa que mais sofre ataques no Brasil), disse: “é muito triste ver uma criança levar uma pedrada porque ela está vestida de acordo com a sua religião. Ninguém quer ser tolerado, nós queremos apenas ser respeitados. Ou seja, conviver numa cultura de paz e de liberdade de crença.”

O Professor Edis Sued acredita que a liberdade religiosa “é uma das questões prementes vivenciadas hoje no mundo”.  Da mesma forma, lembrou da importância do estado laico como garantia de liberdade religiosa; e não como indiferente à religião. “Quando falamos em estado laico, precisamos matizar um pouco o que chamamos de estado laico. O estado laico foi pensado justamente para garantir o direito das pessoas professarem a sua fé”, disse ele.

Segundo o relatório, em alguns países da África, a liberdade religiosa é ameaçada pelo avanço do islamismo jihadista. Entretanto, em países como a Índia, por exemplo, há uma preocupação real com o crescimento do “ultranacionalismo” hindu; que, por sua vez, resultou em um declínio acentuado na liberdade religiosa neste país nos últimos dois anos.

Os sinais positivos

O relatório, no entanto, aponta também sinais positivos. A liberdade religiosa obteve melhora tanto na Síria quanto no Iraque; pois após a derrota militar do grupo Estado Islâmico (EI), minorias religiosas começaram a voltar para suas antigas casas. Sobretudo no caso dos cristãos das cidades e aldeias da Planície de Nínive, no Iraque.

Com base nas informações reunidas neste relatório, estima-se que cerca de 327 milhões de cristãos vivam em países onde enfrentam perseguição religiosa, além dos 178 milhões em países em que a discriminação existe por motivos religiosos. Como resultado: um em cada cinco cristãos no mundo, vive em países onde há perseguição ou discriminação religiosa.

O Cardeal Odilo Scherer concluiu sua exposição lembrando que a falta de liberdade religiosa “é uma questão grave para o nosso tempo; pois ao completarmos 70 anos da declaração dos direitos humanos, significa estarmos ainda lutando pela afirmação de um direito fundamental”. Por fim, desejou “que esse relatório possa ajudar a formar a opinião pública em nosso país”.

O Relatório de Liberdade Religiosa da ACN está disponível no seguinte link:

acn.org.br/relatorio-liberdade-religiosa

 

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