Em Papua-Nova Guiné existe um grande choque entre a cultura tradicional e a modernidade. Essa tensão contribui para que a criminalidade se mantenha alta, bem como o consumo de álcool e drogas. A violência e o abuso de crianças são comuns, e algumas são abandonadas ou até mesmo mortas. Em muitos lugares reina também uma cultura de violência e vingança. Amor, compaixão e misericórdia são virtudes que ainda precisam ser transmitidas pela Igreja. Felizmente, porém, com muita paciência, o testemunho da misericórdia de Deus está começando a dar frutos.
Samuel, de 30 anos, já tinha sido preso por roubar carros. Ele bebia muito e batia em sua esposa. Um dia, ele se abriu com as religiosas para quem trabalhava. Esse foi seu primeiro passo a caminho dos sacramentos. No final, ele se confessou com um sacerdote e decidiu colocar ordem na sua vida e no seu casamento. No dia do matrimônio na Igreja, sua esposa estava usando um vestido branco de noiva. De um dia para o outro, Samuel abandonou o álcool e nunca mais bateu em sua esposa.
Richard, de 21 anos, sempre foi rebelde. Seu pai morreu quando ele tinha nove anos de idade e seus irmãos mais velhos já haviam cometido crimes. Também Richard estava seguindo por esse caminho. Certa vez, porém, ele participou de um dia de reflexão em que os jovens leram a parábola do Filho Pródigo. O padre encenou o papel do Pai e lhes explicou que “o Pai Misericordioso quer que vocês voltem para ele”. Richard desabou em choro abraçando o padre e depois de algum tempo precisou de ajuda porque não conseguia parar de soluçar. Ele ainda chorou por mais três horas e depois se confessou. “Seu rosto parecia iluminado”, disse a Irmã Catarina, que estava lá. Alguns meses depois, Richard sofreu um acidente de bicicleta e morreu. “Ele só chegou aos 21 anos, mas estava pronto. Rezamos o Terço no seu velório. Era uma atmosfera repleta do Espírito Santo. Todos nós sentíamos uma profunda paz interior e tínhamos a sensação de que Richard já estava no Paraíso”, relata Irmã Catarina.
No entendimento de São João Bosco, não existe pessoas más, existem pessoas que não sabem como ser boas. Conversões como essas comprovam isso. Você, a partir da sua casa, ajudou! A sua generosidade vai permitir que a ACN continue apoiando o trabalho da Pastoral Familiar da Conferência Episcopal de Papua-Nova Guiné. E novos milagres virão! Acreditamos nisso.
Eco do Amor
última edição