Todos os anos eu me alegro pelo mês de maio, o mês de Maria. Muitas vezes presenciei como em maio se resolveram problemas que tínhamos confiado de modo especial à Nossa Senhora. Para mim se tornou certeza pessoal o que São Luís Maria Grignion de Montfort disse: “O caminho mais seguro, mais fácil, mais rápido e mais perfeito de chegar a Jesus Cristo” é Maria.
A Igreja sempre entendeu que as palavras de Jesus à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” – e ao discípulo: “Eis tua mãe!” (João 19,26 s.) significam que debaixo da cruz Maria se tornou nossa mãe. Quando crianças pequenas estão em apuros, a quem elas chamam? Chamam pela mãe! O que faz a mãe quando vê seus filhos em perigo? Ela corre até eles! Podemos interpretar o contínuo aumento das aparições marianas a partir de 1830 como sinal de uma preocupação crescente de Nossa Senhora.
No século XX, as grandes ideologias e guerras fizeram milhões de vítimas; a pandemia de 2019 com suas graves consequências; os novos conflitos armados dos nossos dias; as grandes e rápidas evoluções na tecnologia, na economia, na sociedade e na Igreja, tendo como consequência o desenraizamento de tantas pessoas por causa da extinção de sua pátria religiosa, familiar e cultural; o crescimento assustador de estruturas e regimes autoritários e totalitários… Os perigos e as dificuldades são múltiplos, mas o maior perigo reside em perdermos a fé de que Deus é a ordem e o amor que sustenta tudo.
Maria: consolo e guia nas incertezas
Em quem depositamos a confiança nestes tempos? Podemos acreditar que Maria é o caminho mais curto, mais fácil, mais perfeito e mais seguro? Podemos acolher as suas mensagens e nos deixar guiar por elas? Desejo sinceramente – e rezo nessa intenção – que esta graça nos seja concedida.
Durante as aparições em Fátima, com as quais a nossa Obra está particularmente associada, o anjo diz: “Não tenham medo. Eu sou o anjo da paz. Rezem comigo: ‘Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam.’”
Em maio de 1917, em meio à Primeira Guerra Mundial, Maria pede: “Rezai todos os dias o Terço para o fim da guerra e a paz no mundo” e nos convida a nos consagrarmos ao seu Imaculado Coração. Após nove anos de estudos de Teologia e 25 anos de serviço à Igreja, eu gostaria de recomendar a vocês, com a mais profunda convicção, esse desejo de Maria para o nosso tempo.
Pe. Anton Lässer
Assistente Eclesiástico Internacional
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