Tivemos padres sequestrados uma semana após o assassinato de outros dois padres na Nigéria. O país foi abalado pela criminalidade. No sábado, dois padres que voltavam de uma conferência foram parados no estado de Edo. Homens armados levaram seus carros para o mato, segundo a imprensa nigeriana.
O padre Peter Udo e o padre Philemon Oboh são da diocese de Uromi, à qual regressavam quando foram sequestrados na estrada Benin-Auchi. Na semana passada, o padre Christopher Odia, da diocese de Auchi, também foi morto em uma tentativa fracassada de sequestro no estado de Edo.
Nesta segunda-feira foi anunciado o rapto de um terceiro sacerdote num comunicado da diocese de Kafanchan, enviado à ACN. O P. Emmanuel Silas não compareceu à missa matinal e presume-se que tenha sido raptado na madrugada desta segunda-feira na paróquia da Igreja Católica de São Carlos, na Zambina, no estado de Kaduna.
Padres sequestrados e assassinados
O estado de Kaduna foi um dos mais atingidos pela onda de violência e criminalidade que está varrendo grande parte da Nigéria. Na semana passada, o padre Vitus Borogo foi assassinado durante uma tentativa frustrada de sequestro. O padre Joseph Aketeh Bako foi sequestrado no início de março e passou um mês em cativeiro, e, depois, morreu de doença e maus-tratos. Presume-se que outro padre nigeriano da diocese de Kaduna ainda esteja no cativeiro, tendo sido sequestrado há mais de três anos.
Então, há algumas semanas, em uma conferência online organizada pela ACN, o bispo de Kaduna, Matthew Man-Oso Ndagoso, fez um triste balanço das perdas: “Nos últimos três anos, sete de meus padres foram sequestrados, dois foram mortos e um ficou no cativeiro por três anos e dois meses. Quatro, afinal, foram liberados. Além disso, em cinquenta das minhas paróquias, os padres não podem ficar nas suas reitorias. Afinal são alvos, vistos como uma fonte fácil de dinheiro para resgate. Dessa forma, não posso fazer visitas pastorais como costumo fazer, os padres não podem ir às aldeias e rezar missas. As pessoas não podem ir à fazenda, por isso elas não podem se alimentar. Com essa insegurança, as pessoas passam fome dos sacramentos”.
Eco do Amor
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