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Luz que tudo ilumina

Publicado em: dezembro 9th, 2022|Categorias: Palavra Viva|Views: 727|

Na Baviera, no Tirol e na Suíça, cultiva-se um antigo costume por ocasião do Advento: a "Batidinha" (Anklöpfeln). As crianças vão de casa em casa, batem à porta, cantam canções de Advento e de Natal e recebem um pequeno presente ou arrecadam dinheiro para alguma boa causa. O que há de especial nesse costume é que, tanto do lado dos "batedores" como dos moradores das casas, se recitam e se cantam poemas e versos, e se fazem também encenações, recordando a procura de abrigo por parte de José e de Maria em Belém da Judeia.

Sim, a história do Natal começa com a dolorosa rejeição da Criança Divina: "Não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2,7). "[A Palavra] veio para o que era seu, mas os seus não a receberam" (Jo 1,11). E mesmo assim Jesus permaneceu entre nós. Ele se contentou com uma manjedoura e animais. A Luz do mundo resplandeceu em um estábulo escuro. É para lá que precisamos ir, se quisermos nós mesmos nos tornar luz. Porém, quanto mais nos aproximamos da Luz, mais nítidas vão se tornando nossas sombras, mais ardentes se tornam nossas dores, mais terríveis são as tragédias do mundo. A Luz divina expõe sem dó nem piedade tudo aquilo que rompemos em nossa vida e na vida dos outros. Ela nos faz enxergar a solidão e a falta de amor em nossos relacionamentos e nas nossas famílias. Ela nos mostra claramente as amargas necessidades, as perseguições, as guerras e as catástrofes que fazem sofrer inúmeras pessoas.

O Menino Jesus traz tudo à luz. Porém, não o faz para julgar, mas para curar, para salvar e para transformar. Diante da escuridão, Sua luz traz ao nosso coração mais calor, ela o torna mais radiante, mais alegre, mais disposto para o sacrifício. Ela acende nosso coração com Seu amor, que tem o poder de transformar os buracos mais sombrios e as noites mais escuras na Luz radiante do Céu.

Luz para os outros

Dessa forma, podemos "ser a Sua luz" para os outros, como muitas vezes exortava santa Madre Teresa de Calcutá aos cristãos. Ela nos conta com um belo exemplo que o amor pode iluminar qualquer escuridão: "Nunca esquecerei de quando fui visitar um homem que vivia em uma cabana feita de lata e papelão velho. Depois de eu limpar o seu pobre quarto, encontrei num canto um grande candeeiro, todo sujo, e perguntei: 'O senhor nunca acende esse candeeiro, um candeeiro tão bonito?' Ele respondeu: 'Acender para quem? Já faz meses que ninguém vem me visitar'. – 'O senhor o acenderia, se minhas Irmãs viessem vê-lo aqui?' – 'Com certeza!', respondeu ele. Assim, as Irmãs começaram a visitá-lo todos os dias. E todos os dias acendiam juntos o candeeiro. Aos poucos, as Irmãs foram deixando de ir todo dia até lá. Dois anos depois, o homem me mandou dizer, através de uma Irmã: 'Contem para a Madre, minha amiga: a luz que ela acendeu em mim ainda está acesa'".

Um Natal abençoado e cheio de Luz é o que desejo a vocês e suas famílias.

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

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