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Longe de todos perto de tudo

Publicado em: abril 3rd, 2024|Categorias: Palavra Viva|Views: 905|

Escrevo este artigo na viagem de volta do Mosteiro de Santa Cruz, em Assis, Itália. Lá vivem 25 religiosas alemãs em rigorosa clausura, bem perto do Santuário de São Francisco. Duas "irmãs externas" atendem os visitantes e cuidam de todo o necessário, as outras não saem do mosteiro. Elas vivem em reclusão, na pobreza, obediência e castidade, seguindo o exemplo de Santa Clara.

Mas, por que há jovens que escolhem esse estilo de vida? Por que a Igreja valoriza e promove um tipo de vida aparentemente tão estranho ao mundo?

Este "modo de viver", lemos no Catecismo, envolve "uma consagração 'mais íntima' que tem as suas raízes no Batismo e é totalmente dedicada a Deus". Movidos pelo Espírito Santo, há pessoas que se propõem a «seguir Cristo mais de perto, entregar-se a Deus e, procurando a perfeição da caridade, ser na Igreja sinal e anúncio da glória do mundo que há de vir." (CIC 916). "Os conselhos evangélicos de castidade consagrada a Deus, de pobreza e de obediência, fundados nas palavras e nos exemplos do Senhor […] são um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e que com a sua graça preserva sempre" (Lumen Gentium, 43).

Onde a Terra Encontra o Céu: A Missão das Religiosas Contemplativas

As religiosas contemplativas, ao reduzirem o contato com o mundo exterior, deixam de lado coisas valiosas e boas para terem mais tempo e espaço para Deus e para as pessoas por quem intercedem em suas orações. Orientam de modo esponsal suas vidas para o retorno de Cristo e testemunham com toda a sua existência que "o povo de Deus não tem na terra a sua cidade permanente".

Assim, manifestam «diante de todos os fiéis que os bens celestes já estão presentes neste mundo, testemunham a vida nova alcançada pela redenção de Cristo e prefiguram a futura ressurreição e glória do reino celeste» (cf. LG 44). Na oração de intercessão e em sacrifício, elas levam ao seu amado Esposo o desamparo e a necessidade dos seres humanos. No seu coração estão muito próximas deles e, no entanto, são sinais vivos de que a nossa verdadeira morada é o céu (cf. Fl 3, 20) e de que devemos aspirar aos bens do alto (cf. Col 3, 2).

Já que os séculos de experiência demonstram claramente que esse modo de vida é um serviço inestimável para a Igreja e para o mundo, convidamos vocês a apoiarem conosco, com gratidão e apreço, as Irmãs contemplativas no mundo todo. Neste Tempo Pascal, desejo-lhes uma experiência de profunda emoção, contando sempre com as bênçãos de Deus.

Pe. Anton Lässer
Assistente Eclesiástico Internacional

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2 Comments

  1. edson sivieri 17 de abril de 2024 at 20:23 - Responder

    sensacional.
    amei muito !

    Obrigado

  2. Marcelo 17 de abril de 2024 at 15:26 - Responder

    Jesus e Maria os oriente na missão , que sempre seja de alegrias e vitórias .

    Espero pode conhece Los.

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