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“Eu quero ser curado, só para me tornar padre”

Publicado em: agosto 8th, 2025|Categorias: Projetos ACN|Views: 280|

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Jean-Thierry Ebogo (1982-2006), de Bamenda, Camarões, tinha um grande sonho: queria ser padre, para “ser como Jesus”. Ele morreu aos 23 anos, antes de ser ordenado sacerdote.

Com 13 anos de idade, Jean-Thierry escrevia poemas onde expressava seu amor por Cristo. Aos 21 anos ingressou no mosteiro dos Carmelitas Descalços em Nkoabang. No entanto, logo descobriu um tumor maligno em sua perna direita, que precisou ser amputada. Ele sofria com dores intensas, mas as oferecia em favor das vocações religiosas e sacerdotais.

Em 2005, ele foi levado à Itália para tratamento, mas já apresentava metástase. No hospital, o médico exclamou: “Vejam só quem vocês me trouxeram, um santo!” Ele não conseguia entender como alguém que sofria tanto, não se queixava. Mas Jean-Thierry tinha, sim, uma única preocupação: “Eu quero ser curado, só para me tornar padre”, dizia ele.

Com uma licença especial, ele realizou os votos perpétuos em seu quarto no dia 8 de dezembro de 2005, Festa da Imaculada Conceição. Faleceu apenas um mês depois, em 5 de janeiro de 2006. O visto de permanência de sua mãe na Itália venceu antes disso; ela não pôde ficar com seu filho até o fim. Quando ela se despediu dele, em 26 de dezembro, ambos sabiam que não se veriam mais neste mundo.

Jean-Thierry disse a ela: “Seja feita a vontade de Deus! Mamãe, lembre-se que você me ofereceu a Ele quando eu tinha acabado de nascer. Quando se visita um amigo e se leva para ele um cabrito, não se pergunta a ele, mais tarde, o que ele fez com o animal. Ele pode tê-lo criado, pode tê-lo comido. Agora sou eu o “cabrito de Deus”, e não podemos perguntar a Deus o que Ele fez com o cabrito que você Lhe deu quando eu tinha acabado de nascer.”

Quando ele morreu, suas últimas palavras foram: “Como é belo Jesus!” Milhares compareceram ao seu funeral; inúmeras pessoas continuam se sentindo tocadas por ele até hoje, e a muitas ele ajudou. Seu túmulo é visitado por multidões. Seu processo de beatificação está em andamento.

Embora o menino da República dos Camarões não tenha se tornado padre, o seu testemunho de vida se tornou um dom para a Igreja e uma fonte de novas vocações. Graças aos benfeitores, a ACN ajudou 9.961 seminaristas em 2024.

Em uma de suas poesias, aos dezessete anos, Jean-Thierry escreveu: “Tenho certeza da alegria. Eu viverei.”

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Um comentário

  1. Miguel nunes 12 de agosto de 2025 at 17:30 - Responder

    Boa Noite 🙏

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