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Dra. Ochab faz apelo pelas vítimas de violência

Publicado em: agosto 16th, 2024|Categorias: Notícias|Views: 400|

No dia 22 de agosto, comemoramos o quinto aniversário do Dia Internacional em memória das vítimas de violência com base na religião ou crença. A data foi instituída pela Assembleia Geral da ONU em 2019. A ACN entrevistou recentemente a Dra. Ewelina Ochab.  Advogada, defensora dos direitos humanos é a autora que concebeu a ideia dessa data comemorativa e auxiliou na obtenção de apoio internacional para sua criação.

Em setembro de 2017, a Dra. Ochab participou de uma conferência internacional organizada pela ACN em Roma. O evento foi focado na reconstrução das Planícies de Nínive, que foram devastadas pelo Estado Islâmico (EI) durante sua ocupação no Iraque. Então, nesse mesmo ano, motivada pelos testemunhos das vítimas e pelas atrocidades contínuas contra minorias religiosas na Síria e no Iraque, a Dra. Ochab decidiu chamar a atenção da comunidade internacional para as violações da liberdade religiosa.

Dra Ochab fala dos desafios e apoio internacional

O processo para estabelecer essa data comemorativa foi desafiador. A princípio a Dra. Ochab teve que realizar uma pesquisa extensa e construir uma coalizão internacional para garantir os votos necessários. Mas ela destaca o papel fundamental da ACN. Afinal, desde o início, ofereceu apoio na mobilização de Estados e políticos para criar um consenso em torno da importância da comemoração.

Países como Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria e Paquistão foram os principais patrocinadores. Já que foram eles ajudaram a desenvolver o projeto antes de apresentá-lo à Assembleia Geral da ONU. A resolução foi oficialmente introduzida pela Polônia, país natal da Dra. Ochab, e contou com o apoio de mais de 80 países. O Dia Internacional em Memória das Vítimas de Violência com Base na Religião ou Crença foi oficialmente estabelecido em 22 de agosto de 2019.

A Dra. Ochab destaca que a criação desta data é um reconhecimento da dor e do sofrimento das vítimas de violência religiosa: "Elas não são mais vítimas invisíveis. Este dia pertence a todas as vítimas de violência com base na religião ou crença – passadas, presentes e futuras. Este dia deve encorajá-las e fortalecê-las para se tornarem agentes de mudança."

Ação urgente necessária

Mas, apesar dos cinco anos desde a criação do Dia Internacional, a Dra. Ochab alerta que ainda há muito a ser feito. "A situação global não melhorou, e ainda há inúmeros exemplos de violência religiosa ao redor do mundo." Ela menciona casos em Darfur, Congo, Nigéria, Camarões e Nagorno-Karabakh. Além disso há a deterioração da situação das minorias no Iraque, mesmo após 10 anos das atrocidades cometidas pelo EI.

O Relatório de Liberdade Religiosa no Mundo 2023, publicado pela ACN, documenta o aumento contínuo da violência com base na religião ou crença em várias partes do mundo. Então a Dra. Ochab enfatiza que, além da conscientização, é essencial que os Estados adotem medidas concretas para prevenir essa violência. Ela conclui: "Precisamos de um plano de ação com metas claras e prazos definidos para garantir a proteção das vítimas e a prevenção de futuros crimes."

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