A afirmação a seguir certamente é dramática, mas é a pura realidade: esta criança teria sido assassinada pelos próprios familiares se não fosse os benfeitores da ACN.
A afirmação a seguir certamente é dramática, mas é a pura realidade: esta criança teria sido assassinada pelos próprios familiares se não fosse os benfeitores da ACN.
UM CONTO DAS CRIANÇAS ESPIRITUAIS
Na aldeia de Sang, no nordeste de Gana, um costume terrível chamou a atenção da Igreja: muitas crianças com necessidades especiais estavam sendo assassinadas pelas próprias famílias. Acontece que, pela cultura local, a criança que nasce com qualquer anomalia é vista por seus pais e parentes como amaldiçoada. Isso mesmo; se ela não pode andar, nasce surda ou com alguma deficiência física ou intelectual, a criança é considerada “bruxa”.
Assim, quando a aldeia é atingida por epidemias, catástrofe natural ou mesmo quando acontece algum acidente, é comum culparem as crianças com deficiência como causadoras do mal. E uma vez acusadas, o assassinato é uma consequência praticamente irreversível.
A situação é agravada pela falta de hospitais, médicos e enfermeiros. As baixas condições de saúde, sobretudo nas aldeias, fazem com que muitas mulheres tenham partos improvisados, sem a menor assistência, nos quais muitas vezes falta oxigênio para o bebê, provocando complicações e deficiência.
Essa história de terror perdurou sem uma alternativa de ajuda até o surgimento das Irmãs Marianas do Amor Eucarístico. Desde que as religiosas chegaram à aldeia, muitas crianças rejeitadas pelas famílias deixaram de ser mortas e foram levadas ao “Lar de Nazaré para os Filhos de Deus”, onde as religiosas oferecem abrigo, alimentação, auxílio médico, acesso à educação e, principalmente, amor.
“Quando eu ouvi falar sobre isso, eu disse não! Eu vim aqui e comecei a salvar as crianças.”
Irmã Stan Mumuni
Para além da acolhida às crianças, as religiosas se esforçam para mudar essa cultura primitiva, orientando as famílias que, independentemente de qualquer deficiência, física ou intelectual, todas essas crianças são bênçãos de Deus, nunca uma maldição. É um grande e árduo trabalho que tem salvado muitas crianças e restaurado lares.
No último relatório de atividades chegamos a um número surpreendente: conseguimos apoiar mais de 18 mil religiosas. Em apenas um ano a ACN ajudou 1 em cada 30 religiosas pelo mundo. E conhecemos muito bem a transformação que cada uma dessas religiosas faz na vida de tantas pessoas que, antes, não tinham com quem contar.
Fato é que ainda há inúmeras crianças em Gana e em outros países, sobretudo na África, que vivem inseridas em culturas primitivas. Elas precisam de ajuda. Ainda há situações dramáticas que exigem um esforço maior de nossa parte para se transformarem em testemunhos de compaixão e esperança.
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