Com o aumento da influência política de grupos islamistas em Bangladesh, as fontes da Igreja estão cada vez mais preocupadas com a crescente discriminação contra os cristãos e os ataques contínuos às escolas católicas.
Segundo uma fonte da Igreja que preferiu permanecer anônima por questões de segurança, os cristãos em Bangladesh enfrentam dificuldades em várias áreas, como no acesso ao mercado de trabalho, na construção de igrejas e até mesmo no futuro das escolas católicas no país. Mas esses desafios têm se intensificado com o aumento da pressão de grupos islamistas.
Liberdade religiosa em perigo em Bangladesh
A fonte revelou à ACN que, apesar da liberdade religiosa ser garantida pela constituição de Bangladesh, ela não está sendo respeitada na prática. Aliás o aumento da influência de grupos como o Jamaat-e-Islami, que possui laços estreitos com o governo, tem gerado um ambiente de crescente intolerância religiosa. Afinal o Jamaat-e-Islami defende que o Islã deve ser a única religião permitida em Bangladesh.
A fonte também relatou que houve mudanças recentes na lista de feriados nacionais, com o aumento de feriados islâmicos. Os cristãos exigem que a Páscoa seja reconhecida como um feriado nacional, mas atualmente ela não é sequer mencionada de forma adequada. Durante a Páscoa, muitas pessoas precisam trabalhar e os estudantes têm exames, impossibilitando-os de participar de Missa e outras celebrações religiosas.
Em algumas regiões de Bangladesh, os cristãos enfrentam dificuldades para encontrar emprego. Além disso, as autoridades estão dificultando a construção de novas igrejas e capelas, não emitindo as permissões necessárias a tempo. Essa situação reflete a crescente marginalização dos cristãos no país.
Ataques às escolas católicas e pressão por mudanças na administração
As escolas católicas também têm sido alvo de ataques. Recentemente, uma escola foi incendiada por uma multidão vinculada ao Jamaat-e-Islami, e outras escolas estão sendo pressionadas a substituir seus administradores. Mas grupos islâmicos exigem mudanças na gestão das instituições, incluindo a imposição de um código de vestimenta islâmico – como o hijab para as meninas e o ṭopi para os meninos. Além disso, há tentativas de tomar controle das finanças das escolas e até mesmo da sua administração.
Perseguição a líderes religiosos nas escolas
De fato em várias instituições, padres, irmãs religiosas e professores estão sendo forçados a deixar seus cargos. Numa escola, duas irmãs foram forçadas a se demitir. Já em uma universidade, um padre foi obrigado a sair sob pressão. Então esses eventos destacam o crescente controle de grupos islamistas sobre as escolas católicas em Bangladesh.
Para enfrentar essa situação, a Igreja em Bangladesh formou um comitê inter-religioso composto por especialistas jurídicos e líderes comunitários, com o objetivo de garantir a paz nas comunidades cristãs e apelar por justiça. Aliás esse comitê tem sido fundamental para proteger as comunidades cristãs de ataques e discriminação.
Apoio internacional à igreja em Bangladesh
A ACN tem sido um apoio crucial para a Igreja em Bangladesh. Ela tem contribuído com a construção de escolas, igrejas, mosteiros e conventos, além de fornecer veículos para os padres e financiar programas de formação para catequistas. Esses programas são vitais, pois os catequistas frequentemente ajudam os líderes das comunidades locais com administração e gestão pública, sendo muitas vezes mais educados do que os próprios líderes locais. A formação em teologia e ensinamentos da Igreja também capacita os catequistas a gerenciar bem suas comunidades.
A Fundação Pontifícia também fornece subsídios para missa para os padres em Bangladesh, uma ajuda crucial em regiões onde a renda é muito baixa e as coletas de Missa geram pouco. Esse apoio financeiro permite que os sacerdotes continuem seu trabalho pastoral e ajudem as comunidades cristãs a prosperar em meio à adversidade. A fonte agradeceu o apoio contínuo da ACN, afirmando: “Deus os abençoe pela sua ajuda.” E você, quer colaborar com os cristãos? Clique aqui e veja como.
Eco do Amor
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