Centenas de "invisíveis" se espalham pelas calçadas das grandes cidades em busca de um refúgio para passar a noite. Por trás de cada rosto, existem histórias e desafios que ficariam ocultas se ninguém se aproximasse, rompendo as barreiras do medo e do preconceito.
Marcelo Camargo nunca teve vício algum. O que acabou fazendo ele tornar seu lar o chão frio da Rodoviária da Barra Funda, na capital paulista, foi a depressão. Resquício de um trauma vivido na infância, quando com nove anos sofreu um abuso. Um peso insuportável que o assombrou durante toda a vida.
"Eu não tinha disposição, não tinha condições humanas para controlar! A depressão destruiu minha história, destruiu minhas conquistas, meu casamento e minha relação de pai. Pior que alguns tipos de vício, eu era destruído por algo que eu não consumia, mas por algo que me consumia de dentro para fora", partilha Marcelo.
Um encontro que mudou tudo
Foi ali, no fundo do poço, que um homem, hoje diácono, o encontrou, e não ficou indiferente. Marcelo, fraco, sujo e sem comer há vários dias, chegou na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá, carregado no colo por um homem que mal conhecia. Aqui começa uma nova história, que o próprio Marcelo escreve a seguir.
"Neste momento começa a minha cura, uma expressão de amor sem medida, onde um homem se fez como Cristo, me carregando nos braços. Este homem, que também se recuperou na Fazenda, fez por mim o que um dia fizeram por ele.
Durante meu tratamento eu fui acolhido, respeitado e conduzido a uma experiência de amor com Deus através da proposta da Fazenda, um tripé: espiritualidade, trabalho e convivência.
Com a Palavra de Deus e o tripé da Fazenda da Esperança, eu retomei o controle da minha vida, deixando se ser escravo para a liberdade. O amor me curou e a Palavra de Deus forjou meu pequeno coração ao preciosíssimo Coração de Jesus. A palavra de vida que alavancou a retomada de minha vida espiritual é: 'Amar, sempre amar o irmão que clama por cuidados!'"
A história do Marcelo poderia ter um triste fim, se você, que agora lê essa história, não tivesse ajudado a ACN. Afinal, muitas Fazendas da Esperança foram construídas com o apoio dos benfeitores da ACN. Faça sempre a sua doação mensal. Muitas vidas ainda serão transformadas pelo seu amor.
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